De modo geral, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), corresponde a uma adversidade do neurodesenvolvimento definido por certos problemas na comunicação junto a envolvimento social e principalmente pelo aparecimento de ações restritas e repetitivas.
Sendo assim, existem muitas singularidades e diferenças que envolvem esse espectro, efetuando com que o autismo em cada pessoa seja único.
Isto é, enquanto certas pessoas podem necessitar de auxílio para ocupações do cotidiano, outras podem ser mais individuais no mesmo sentido.
No entanto, ainda que pareça ser difícil para algumas pessoas compreenderem porque se fala espectro autista e o seu significado, o nosso objetivo com este artigo é o esclarecimento dessa e outras dúvidas.
Confira a seguir!
Espectro autista: por que utilizamos esse termo?
O autismo é um transtorno que influencia nas capacidades sociais e demais atitudes de uma pessoa, o que pode carregar dificuldades na interação, alterando o modo como ela enxerga e dialoga com os outros a sua volta.
Então, o termo “espectro” foi introduzido ao nome do transtorno austista no ano de 2013, para detalhar a pluralidade de respostas e níveis de suporte que os mesmos apresentam.
Com isso, significa que cada autista possui sua forma de manifestações, individualidade, dificuldades e repertório, tornando-o singular dentro desse espectro.
Dessa forma, quando se compreende que o TEA aparece diferente em cada ser, evita-se também a utilização de estereótipos massivos na sociedade, como é o caso de acharem que todo autista é um gênio, por exemplo.
Isso é muito importante, porque aumenta o diálogo sobre as particularidades dos autistas. Ampliando a representatividade e auxilia na procura por diagnósticos corretos a partir de uma suspeita.
Mesmo com a diversidade do espectro autista, podem existir semelhanças
Mas se falamos em uma diversidade tremenda no espectro autista, por que muitas pessoas possuem o mesmo diagnóstico? Esse pode ser um questionamento bastante comum quando explicamos sobre a pluralidade no TEA.
Basicamente, é relevante lembrarmos que para fecharmos um laudo de autismo, o diagnóstico é clínico e com base em critérios pré-estabelecidos dos Manuais Diagnósticos disponíveis, como a Classificação Internacional de Doenças.
Assim, nas documentações são determinadas as características que englobam o espectro autista. Isso significa que para alguém possuir o laudo de TEA, é necessário que existam alguns pontos em comum, mesmo que em diferentes níveis, veja:
Problemas na comunicação social e interação social
- Ausência ou dificuldade de fala;
- Falta ou ausência de contato visual;
- Imagem corporal um tanto rígida;
- Dificuldade em entender e/ou compartilhar emoções.
Ações restritivas e repetitivas
- Fixação ou fascínio por determinados objetos;
- Movimentos ou ações repetitivas com o corpo ou fala.
Níveis de suporte no autismo
Além das características que citamos logo acima, também possui uma classificação que fraciona o transtorno em 3 níveis de necessidade e suporte.
Nível 1: autismo leve
O ser neste nível possui problemas para começar interações e mostra menos interesse nos relacionamentos. O comportamento inflexível do mesmo traz dificuldades nas atividades do dia a dia.
Nível 2: autismo moderado
Agora, neste nível, as pessoas com esse espectro têm dificuldades acentuadas com a comunicação verbal e não verbal, além das habilidades sociais bastante limitadas.
Suas formas de comportamentos são rígidas, o que mostra que possuem problemas em enfrentar mudanças.
Nível 3: autismo severo
Por fim, a pessoa neste nível apresenta dificuldades de comunicação e as outras questões citadas nos outros níveis também são mais severas.
Independente do diagnóstico de autismo, não existe uma parede ou limitação. Todos eles podem aprender e desenvolver habilidades ao longo da vida. Aqui no Espaço Arima a criança pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento! Venha conferir.