Como uma criança com autismo consegue se tornar independente?

Como uma criança com autismo consegue se tornar independente?

Uma criança com um diagnóstico de autismo possui uma rotina de desenvolvimento infantil que costuma ser, no mínimo, um pouquinho diferente das demais. Nesse sentido, é muito comum que os pais ou cuidadores sejam como um porto-seguro para elas, causando uma dependência. Dito isso, como estimular independência em uma criança autista?

Esse parece ser um desafio muitíssimo grande, mas a verdade é que existem diversos hábitos cotidianos que os adultos podem inserir no ritmo da criança para estimulá-la. Pensando nisso, nós separamos algumas dicas facilmente aplicáveis em seu dia a dia que conseguirão deixar seu filho mais independente.

Superando o medo e a superproteção 

Não dá para negar que o espectro autista descoberto ainda na infância traz uma realidade pra lá de diferente de uma típica. Isso certamente vai demandar maior atenção por parte dos adultos ao seu redor e é importante que seja assim. Porém, muito cuidado, hein! Pois o medo da criança se machucar pode gerar uma situação de superproteção. 

Acontece que proteger demais também não é o caminho certo, e pode mais atrapalhar o desenvolvimento de alguém com TEA que qualquer outra coisa. Por isso, é preciso pensar em um equilíbrio entre a atenção e a superproteção. Uma alternativa é justamente a terapia, e não apenas para as crianças, tá?

Os pais e cuidadores também vão precisar dessa ajuda psicoterapêutica para lidar com a situação de forma mais tranquila. Isso sem falar que podemos pensar em alternativas graduais que poderão estimular sua criança autista no caminho da autonomia. Veja a seguir!

Dicas de como estimular a autonomia

Pequenos, mas simbólicos atos podem gerar poderosos resultados na vida de uma criança com TEA no que se refere à autonomia. O importante será que o pai, mãe, ou qualquer outro cuidador, consiga, de forma gradual, inserir responsabilidades para que a própria criança consiga lidar. Veja algumas exemplificações do que estamos falando.

Criando uma rotina

A rotina pode ser uma importante forma de estimular a autonomia, pois traz segurança para a criança. Até porque, a repetição das tarefas faz com que se tenha mais garantia na própria capacidade, sem necessidade de auxílio de outras pessoas, e é justamente isso o que buscamos, né?

Trabalhando com atividades domésticas

Uma das melhores formas de estimular a criação da rotina é justamente pela delimitação de tarefas domésticas diárias. E não precisa ser grandes coisas não, tá? Já que aqui o objetivo não é realmente fazer com que a criança cuide da casa.

Por exemplo, criar o hábito de arrumar o quarto pode ser um passo pra lá de importante para que ela entenda que possui responsabilidades perante a casa. Com o tempo, você pode até demandar tarefas maiores.

Responsabilidade Financeira

Não deixe que o diagnóstico de autismo em sua criança a faça ver para além daquilo que ela realmente já é: uma criança. E uma criança tem suas próprias vontades e desejos, o que por vezes implica em algum dinheirinho, não é mesmo?

Pensando nisso, uma boa forma de fazer com que a criança consiga ser mais autônoma é justamente por meio da educação financeira. Eduque-a para aprender como usar o dinheiro e também confie certa quantia a ela para que consiga fazer um uso, mesmo que mínimo, do dinheiro. 

Trabalhando com a individualidade

Um erro muito comum em pais de pessoas com TEA é a negação da vontade desses indivíduos. Isso porque muitos acreditam que elas sequer possuem vontade, o que é um baita mito. Ora, leitor, crianças autistas, assim como qualquer outra, possuem desejos, como mencionamos acima. 

Por isso, saiba respeitar aquilo que ela delimita enquanto algo de sua própria vontade. Por exemplo, se ela não quiser sair um dia, por que não respeitar o desejo? Não precisa ser todos os dias, mas algumas vezes é importante, até para a construção da identidade própria.

Vale lembrar que cada criança possui uma natureza que é única, de modo que você pode ir aprimorando aquilo que cabe mais na personalidade da sua. Mas o mais importante, certamente, é fazer com que essa criança entenda o seu lugar no mundo e tenha autonomia o suficiente para lidar com ele.

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