Ainda pode ser difícil convencer algumas pessoas, mas o brincar vai além do simples momento de lazer. Ele é uma poderosa ferramenta terapêutica, especialmente para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Aqui, estamos falando do brincar terapêutico.
Utilizado de maneira intencional em contextos terapêuticos, o brincar favorece o desenvolvimento cognitivo, emocional, motor e social das crianças, promovendo uma forma mais leve e envolvente de aprendizado e adaptação.
Ao longo da leitura, contamos um pouco dos impactos terapêuticos deste hábito e mostramos como fazer uma aplicação que corrobore com a evolução das crianças.
Brincar é coisa séria: o lúdico na terapia
O conceito de brincar terapêutico envolve a utilização do ato de brincar de forma planejada e estratégica dentro do processo terapêutico. Diferente do brincar espontâneo, o brincar terapêutico é adaptado às necessidades da criança, visando estimular áreas específicas do seu desenvolvimento, como a comunicação, a socialização e o controle emocional.
Para crianças com TEA, o brincar terapêutico é uma forma de ajudá-las a se comunicar de maneira mais eficaz, a interagir com os outros e a lidar com suas emoções, tudo de forma prazerosa e acolhedora.
Ou seja, somente dar liberdade para a criança brincar, apesar de ser um ato benéfico, não é o suficiente para garantir um brincar terapêutico. É necessário escolher criticamente o que auxiliará a criança no processo. Confira um pouco mais abaixo.
O que é brincar terapêutico?
Brincar terapêutico é uma abordagem que utiliza brincadeiras estruturadas e lúdicas para promover o desenvolvimento de habilidades essenciais, como a regulação emocional e o desenvolvimento social.
Ao contrário do modo de brincar tradicional, que ocorre de maneira espontânea, a terapia lúdica é guiada por um profissional e tem objetivos específicos de intervenção. No contexto do autismo, o brincar terapêutico pode ser a chave para melhorar a comunicação não verbal, a habilidade de esperar turnos, a expressão de sentimentos e a adaptação social da criança.
Como o brincar ajuda crianças com autismo a se desenvolverem?
A terapia lúdica é especialmente eficaz no tratamento de crianças com autismo, pois muitas vezes elas têm dificuldades em compreender e usar a comunicação verbal de maneira convencional.
Por meio do brincar, a criança tem a oportunidade de se expressar de forma não verbal, utilizando brinquedos, gestos e outros recursos. Além disso, brincadeiras que envolvem regras ajudam na compreensão de turnos e na organização da atenção.
Algumas formas de brincar terapêutico incluem:
- Jogos de turnos: ensinar a criança a esperar a sua vez em jogos ou atividades simples, como montar um quebra-cabeça em grupo;
- Brincadeiras de imitação: usar bonecos ou fantoches para simular situações sociais e ensinar comportamentos apropriados;
- Atividades de integração sensorial: utilizar brinquedos que estimulem os sentidos (como texturas, cores e sons) para ajudar a criança a regular suas emoções e aprimorar suas habilidades motoras.
Essas atividades promovem a comunicação e a interação social, além de ajudarem a criança a lidar com a ansiedade e outras emoções, proporcionando um ambiente seguro para o seu desenvolvimento.
Exemplos de intervenções terapêuticas baseadas no brincar
A utilização do brincar terapêutico pode ser observada em diversas abordagens terapêuticas. Em uma sessão de ludoterapia, o terapeuta pode usar brinquedos sensoriais, jogos de cooperação e atividades de imitação para promover habilidades de comunicação, como iniciar e manter uma conversa, ou habilidades emocionais, como lidar com frustração e aprender a esperar a sua vez.
Além disso, ao brincar com a criança, o terapeuta também observa suas reações e ajusta as intervenções de acordo com o ritmo e as necessidades da criança, criando um ambiente dinâmico e flexível. Isso permite que a criança aprenda de forma engajante, sem pressões, ao mesmo tempo, em que desenvolve aptidões relevantes para sua adaptação social.
O trabalho do Espaço Arima com o brincar como ferramenta clínica
No Espaço Arima, a terapia lúdica é aplicada de forma interdisciplinar, com profissionais de diferentes áreas trabalhando juntos para promover o desenvolvimento integral da criança. Psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos utilizam o brincar terapêutico para estimular a linguagem, as habilidades sociais e emocionais, adaptando cada atividade ao perfil da criança e suas necessidades específicas.
Além disso, o Espaço Arima se destaca pela abordagem personalizada e pelo acompanhamento contínuo, garantindo que cada criança receba o suporte necessário para seu crescimento. O brincar terapêutico no Espaço Arima não é apenas uma forma de diversão, mas uma intervenção estratégica que contribui diretamente para a melhoria das habilidades sociais e cognitivas das crianças com TEA.Quer saber como o brincar pode ser parte do desenvolvimento terapêutico do seu filho? Fale com nossa equipe e conheça nossas abordagens.
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