Conheça o ABA: terapia comportamental que auxilia no desenvolvimento da criança com TEA

Estudado desde a década 1960 e um dos métodos mais recomendados, tanto por médicos especializados quanto pelos pais de crianças dentro do espectro, o ABA é uma sigla para o termo em inglês Applied Behavior Analysis (Análise do Comportamento Aplicada), ou Terapia Comportamental Especializada para o Autismo.

Qual o objetivo do ABA?

menininho de blusa azul e cabelos castanhos cacheados brincando com bloquinhos coloridos de montar sobre um carpete cinza.https://www.freepik.com/free-photo/close-up-child-enjoying-didactic-game_23669795.htm#query=crian%C3%A7a%20brincando&position=7&from_view=search&track=ais

O intuito é fazer com que os comportamentos desejáveis sejam reforçados e recompensados, e os comportamentos disruptivos, destrutivos e prejudiciais sejam gradualmente substituídos por reações saudáveis ao ambiente e às interações sociais.

O ideal é que o ABA seja feito dentro de um modelo naturalista, inserido de maneira sutil no ambiente da criança, dentro do contexto em que ela vive (suas atividades diárias, domésticas, suas brincadeiras, na convivência escolar, etc.).

O tratamento visa desenvolver e reforçar na criança com autismo comportamentos socialmente relevantes para a vida em sociedade, estimulando a melhora nas habilidades de comunicação e interação social.

É necessário uma criança feliz e estimulada, participativa, proativa, querendo interagir, querendo desenvolver e emitir comportamentos verbais, e o ABA naturalista favorece o tratamento nesse sentido, porque aumenta a motivação da criança durante o trabalho.

Esses objetivos são introduzidos sutilmente dentro de brincadeiras e atividades diárias. Assim, fazemos um pouco do que a criança quer, para ter sua atenção e confiança, enquanto inserimos na atividade algo que a estimule a deixar sua zona de conforto, resultando numa espécie de troca e alternância.

O ABA aplicado

menina sorridente com dois coques na cabeça olhando para a câmera, está deitada de barriga sobre o carpete e segura o queixo com as mãos, várias fichas coloridas redondas estão espalhados no chão diante delahttps://www.freepik.com/free-photo/girl-laying-floor-full-shot_36299592.htm#query=crian%C3%A7a%20brincando&position=44&from_view=search&track=ais

Sabemos que as crianças funcionam dentro de três zonas: zona de conforto, zona de desregulação e zona de estimulação.

A zona de conforto é o lugar onde a criança faz somente aquilo o que ela quer, não desenvolve e não está aprendendo nada novo, porque está apenas reproduzindo o que já sabe.

Na zona de estimulação, é gerado um estímulo que vai desencadear uma resposta, esse é o momento em que a criança está trabalhando, ampliando seu repertório e adquirindo conhecimento novo.

A criança entra na zona de desregulação quando a atividade é invasiva demais, monótona demais ou lhe falta motivação. Neste lugar, a criança se recusa a desenvolver as atividades e se perde no caminho.

Portanto, o ideal é que a programação do ABA seja executada dentro do espaço que compreende a zona de conforto da criança e a zona de estimulação, alternando entre um caminho e outro, conduzindo-a através das duas áreas de atividade. 

Este é o ABA naturalista, baseado em brincadeiras, motivação, incentivo e estímulo ao contato social da criança.

Consequências positivas

O princípio do ABA é fazer a análise funcional dos comportamentos da criança, com atenção especial para os pensamentos e comportamentos adequados e que precisam ser assimilados. 

Os antecedentes destes comportamentos são observados e analisados, da mesma maneira, as consequências desse comportamento são levadas em conta. Os antecedentes são estímulos que pretendem gerar a resposta desejada.

Quando essa resposta é gerada, a criança é recompensada de maneira positiva, para que o cognitivo dela associe a atividade como prazerosa, e perceba que o trabalho vale a pena.

Quando nós temos um reforço de comportamento, este comportamento tende a aumentar de frequência e intensidade. Quando temos uma punição, uma extinção, retirada de consequência positiva, esse comportamento tende a diminuir.

Dentro desta lógica, deve-se atentar aos estímulos, que são o que pretende desencadear o comportamento desejado, impactando diretamente na qualidade de vida da criança, seus amigos e familiares.

Para mais informações sobre tratamentos, consulte a  nossa página de avaliação e diagnóstico e tire todas as suas dúvidas com profissionais especializados.

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