Agitação psicomotora, estereotipias e convulsões no TEA: Por que acontecem?

Agitação psicomotora, estereotipias e convulsões no TEA Por que acontecem

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por um tipo de transtorno causado pelo déficit no desenvolvimento do sistema nervoso. E, agora, muito tem se falado sobre a agitação psicomotora, estereotipais e convulsões no TEA.

Acredita-se que, atualmente, mais de 70 milhões de pessoas apresentam algum grau de autismo, de acordo com os dados da ONU.

Na maioria dos casos, o autismo é percebido através de alguns sinais já na infância, como regressão na linguagem, dificuldade na interação social e verbal, padrões repetitivos e desaceleração de movimento.

Agitação psicomotora, estereotipias e convulsões no TEA: Por que acontece?

As estereotipias no TEA são conhecidas pelos movimentos repetitivos que muitos autistas apresentam quando estão em situação de estímulos excessivos.

Elas costumam ocorrer quando o autista se sente sobrecarregado de informações, e os padrões repetitivos os ajudam a processar tudo o que está acontecendo e a se reorganizar psicologicamente.

Alguns estudos sugerem que as estereotipias costumam ser algo satisfatório para os autistas. Uma vez que, através delas, eles conseguem aliviar a ansiedade e se acalmar.

Por conta disso, as estereotipias costumam ser os primeiros sinais para que os pais busquem o auxílio de médicos e psicólogos

No entanto, apesar de algo benéfico no TEA, as estereotipias geram um estranhamento social. O que dificulta ainda mais o convívio do autista com outras pessoas

Essa situação pode ser ainda pior nos casos de crianças e adolescentes, que passam a ser alvo de bullying e piadas devido aos seus movimentos repetitivos.

Exemplos de estereotipias no TEA

No geral, os padrões repetitivos mais comuns no TEA são:

  • Girar em volta do próprio corpo repetidas vezes;
  • Estalar os dedos ou balançar as mãos (flapping);
  •  Pular na cama ou no sofá sem controle de força ou tempo;
  •  Mexer os dedos na frente dos olhos;
  • Bater os pés em algum objeto próximo ou no chão;
  • Balançar o corpo para trás e para frente.

E a convulsão no TEA? Qual a relação?

A convulsão no TEA tem sido uma questão da vez mais estudada, pois estima-se que mais de 25% dos autistas apresentam quadros de convulsões.

A relação entre eles ainda não é esclarecida pela ciência. Mas, o que se sabe é que a convulsão é caracterizada como uma comorbidade do autismo.

Sendo preciso um acompanhamento multidisciplinar para que haja investigações associadas à genética, processos inflamatórios e exames de neuroimagem a fim de identificar as possíveis causas.

Como lidar com as estereotipias no TEA?

Lidar com as estereotipias no TEA costuma ser um grande desafio, precisando de muito acolhimento, paciência e esforço da família.

Afinal, esses padrões repetitivos fazem parte das características do autismo, devendo ser compreendidos com racionalidade.

No entanto, um dos maiores problemas das estereotipias é que, durante os movimentos repetitivos, os autistas tendem a focar apenas em suas ações e não interagir com o ambiente externo.

Com isso, caso as estereotipias sejam excessivas, pode haver ainda mais dificuldade no convívio social e aprendizagem.

Portanto, uma das maneiras de lidar com a agitação psicomotora, estereotipias e convulsões no TEA é através da identificação dos gatilhos e de estratégias de estímulos de linguagem realizados pela equipe multidisciplinar.

Referências

BARROS, I. B. R.; FONTE, R. F. L. Estereotipias motoras e linguagem: aspectos multimodais da negação no autismo. RBLA, Belo Horizonte, v. 16, n. 4, p. 745-763, 2016.

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