Atendimento odontológico em crianças com autismo: quais são as melhores estratégias

Atendimento odontológico em crianças com autismo quais são as melhores estratégias

O atendimento odontológico para autistas deve adotar estratégias mais específicas que se adequem às características mais recorrentes do espectro, e dos pacientes particularmente, afinal, cada pessoa possui suas próprias peculiaridades e intensidades no Transtorno de Espectro Autista (TEA).

Esse atendimento especializado desempenha um papel crucial na garantia da saúde bucal e bem-estar desses pacientes, afinal o autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social, tornando a experiência em um consultório odontológico, potencialmente desafiadora. 

Quais são os maiores desafios para o profissional?

É fundamental reconhecer a importância de um atendimento adaptado e sensível a necessidades específicas de crianças que frequentemente apresentam sensibilidades sensoriais intensas, o que pode tornar a exposição a estímulos visuais, auditivos e táteis durante uma consulta odontológica altamente desconfortável. 

Essas sensibilidades podem variar amplamente de uma criança para outra, o que torna essencial buscar profissionais especialistas no atendimento de crianças autistas, que estejam preparados para adaptar o ambiente e os procedimentos conforme as necessidades individuais.

A dificuldade de comunicação é outro desafio significativo, muitas crianças com autismo têm dificuldade em expressar suas preocupações, medos ou desconfortos de maneira verbal, apesar disso, algumas crianças autistas, principalmente as não verbais, precisam da utilização de métodos alternativos de comunicação, para garantir a compreensão e o seu conforto.

É essencial preparar a criança com antecedência, explicar o que acontecerá naquele dia e qual a importância do dentista, assim, ela não será pega totalmente de surpresa, afinal, uma das características do TEA, são as rotinas e a dificuldade de sair delas.

Quais estratégias adotar?

Cada profissional possui sua maneira de lidar com algumas questões, porém, ao tratar de crianças com autismo, é necessário ter sensibilidade e aplicar técnicas mais específicas, que considerem as características derivadas do transtorno.

É interessante realizar um atendimento gradual, que promova a confiança entre o profissional e a criança, deixando-a mais confortável. Na primeira consulta, o dentista pode fazer um processo experimental com o paciente, observando suas reações ao ambiente do consultório, se há algo lhe irritando ou incomodando.

Deve ser feita uma anamnese completa, assim, suas condições médicas, o histórico de uso de medicamentos, os gostos do paciente e seu tipo de comunicação, serão conhecidos, facilitando a personalização dos próximos encontros.

Entre as principais técnicas de atendimento está a do dizer-mostrar-fazer, onde o profissional explica para o paciente, exatamente como será o procedimento, realizando demonstrações, e posteriormente, realizando, além de mostrar cuidadosamente os instrumentos que podem causar medo, deixando a criança familiarizada com eles.

No momento em que o paciente apresentar bons comportamentos, o profissional deve reconhecer e recompensá-la com reações positivas, prêmios ou comemorações, assim, motivando a criança a colaborar com o atendimento. 

Além disso, quando alguma ação que provoca medo for realizada, deve haver alguma distração que tire o foco da criança daquele sentimento e procedimento, para evitar que o restante do atendimento seja comprometido.

O atendimento odontológico em crianças com autismo é de extrema importância, uma vez que problemas bucais não tratados podem levar a dores, infecções e complicações mais sérias, além disso, uma boa saúde bucal é essencial para a qualidade de vida da criança. Conheça o trabalho de profissionais capacitados no nosso site.

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