Categorias
TEA

Diagnóstico precoce de TEA e a importância de uma equipe terapêutica transdisciplinar

Ultimamente o diagnóstico Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), em crianças, é eficaz e rápido, decorrente dos últimos avanços da medicina, além de ter se construído um avanço social em que o TEA não é algo impossível de lidar, como era visto antigamente.

Atualmente tem alguns níveis que chegam até a ser confundidos com uma mera timidez, decorrente de uma simples introspecção.

Sinais de alerta

É papel dos pais e demais familiares se manterem atentos às suas crianças, e que possam observar certos sinais. No caso do TEA, o diagnóstico pode ser identificado por pequenos traços. 

Alguns aparecem já nos primeiros meses de vida, como a falta de sorrisos ao interagir com familiares ou de ter demasiadas expressões. 

Um sinal bastante aparente também é quando o bebê não olha diretamente os olhos dos pais, ou até mesmo não chora por falta de colo, aceitando permanecer sozinho no berço, por exemplo. Além de utilizar brinquedos de uma forma pouco convencional.

Já quando criança, eles costumam ter dificuldade para dormir, atraso de fala e preferem até apontar o que desejam do que falar, e baixo interesse em socializar com crianças da mesma faixa etária.

Como se pode ver são pequenas situações que fazem a diferença e que podem facilmente passar despercebidas. É preciso estar atento e dedicado ao desenvolvimento da sua criança, para que seja possível iniciar o tratamento o quanto antes.

O que é um tratamento transdisciplinar?

O tratamento que ocorre de forma transdisciplinar engloba áreas variadas da saúde, onde os profissionais que compõem a equipe terapêutica trabalham dialogando e com o mesmo fim em comum. Nesse caso, na hora de atender a criança, é mais que várias terapias, se trata de uma integração entre tratamentos.

Cada área considerada outra, no melhor dos sentidos, todos trabalham em conjunto para o melhor da criança, seja musicoterapia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicopedagogia e até terapia ocupacional. É uma verdadeira reabilitação infantil.

As crianças que recebem o diagnóstico de transtorno do espectro autista, costumam ter como principal agravante um atraso global no seu desenvolvimento, que seriam certas dificuldades múltiplas, podendo ser de interação social, motora, de linguagem e até cognitiva.

Nesse sentido, o tratamento transdisciplinar é essencial, porque engloba vários setores que, em conjunto, possibilitam uma integração do tratamento, atendendo cada particularidade do distúrbio, tornando a contribuição de todas as partes mais eficiente.

É importante ter em mente durante o tratamento que cada criança possui a sua particularidade, e que cada limite é diferente. Portanto, evite que haja uma cobrança excessiva no que diz respeito ao andamento dos tratamentos, para não tornar esse momento agressivo para o desenvolvimento do seu pequeno.

Esse modelo de tratamento é comprovado cientificamente, apesar de novo, é bastante eficiente, e pode mudar a vida do seu filho.

Gostou do tema e quer conferir mais textos como esse? Então, conheça nosso blog.

Categorias
Integração Sensorial TEA

Como promover uma alimentação saudável em crianças com transtornos alimentares e autismo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição marcada pelo comprometimento das ações sociais e comportamentais, além de sintomas gastrointestinais, intolerâncias alimentares e deficiências nutricionais. Dessa forma, como inserir uma alimentação saudável na vida de crianças autistas?

Promovendo uma alimentação saudável em crianças com autismo

De modo geral, é de extrema importância levar em consideração o papel da nutrição na vida de crianças autistas e procurar orientações de profissionais capacitados ao tomar decisões sobre a dieta.

Vale ressaltar que, uma alimentação saudável para crianças com autismo, não corresponde a ser radical e evitar alimentos práticos que dão prazer, desde que esteja dentro de um plano alimentar planejado.

Sendo assim, uma alimentação saudável para crianças com ou sem autismo, engloba equilíbrio e diversidade de alimentos, considerando não apenas as questões nutricionais, mas também o prazer e praticidade na hora de comer.

Veja agora, algumas estratégias nutricionais para crianças com transtornos alimentares e autismo.

1 – Alimentação natural

De certa forma, a ingestão de refeições naturais vem sendo considerada como algo bem positivo quando o tema é prevenção e/ou tratamento de pessoas autistas.

Assim, as atuais pesquisas nutricionais sugerem se distanciar totalmente dos agentes que podem contribuir para o agravamento de alguns sintomas decorrentes do Transtorno do Espectro Autista, como por exemplo: 

  • aditivos alimentares;
  • pesticidas;
  • organismos geneticamente modificados; 
  • e grande consumo de açúcar.

2 – Dietas sem glúten e sem caseína

Basicamente, o não consumo de forma conjunta de glúten e caseína está sendo altamente recomendado pelos nutricionistas, como forma de tratamento nutricional em crianças autistas.

Isso porque, quando ocorre a digestão destes nutrientes, pode aumentar significativamente os comportamentos marcantes da síndrome do TEA. 

Assim, criando consequentemente estresse oxidativo e liberação de citocinas que colaboram para a inflamação do trato gastrointestinal, e então, diversos desconfortos nas crianças.

3 – Dieta cetogênica

A dieta cetogênica é concentrada em alimentos gordurosos, presente em proteínas e desprovida de carboidratos, originando-se no metabolismo da gordura como meio principal de combustível. 

Então, é comum que essa dieta seja capaz de modificar a composição microbiana intestinal, e com isso melhorar positivamente os sintomas neurológicos.

4 – Consumo de probióticos

Agora, uma concentração relativamente grande de estudos, retratam que a microbiota intestinal possui ação na melhora e o funcionamento saudável do sistema nervoso. 

Dessa forma, a requisição de probióticos está sendo cogitada como uma ferramenta poderosa para a criança autista, visto que, estes micro-organismos conversam com a microbiota intestinal.

E assim interferem na parede intestinal, elevando significativamente a disbiose, inflamação e até mesmo os problemas comportamentais relacionados ao autismo.

Conclusão

Em suma, existem diversos problemas que podem ser causados pela má alimentação. Geralmente, as crianças autistas costumam desenvolver transtornos alimentares como a neofobia alimentar (recusar alimentos que não conhecem).

Com isso, podem aparecer sérios problemas nutricionais com o passar dos anos. Então, uma alimentação saudável na vida da criança, desde o seu nascimento e durante os principais anos, é essencial para atestar o crescimento e o desenvolvimento do mesmo.

Vale lembrar, é importante que os pais procurem ajuda profissional, pois algumas crianças autistas não verbais, tendem a possuir dificuldade para demonstrar o que estão sentindo e isso pode trazer problemas no diagnóstico.

No Espaço Arima a sua criança pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento! Venha nos conhecer.

Categorias
Integração Sensorial TEA

Transtornos alimentares e autismo: Como acompanhar a saúde nutricional das crianças

O transtorno alimentar e autismo possui relação íntima na medida em que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são mais afetadas por distúrbios na alimentação, em especial, as crianças.

Hoje, sabe-se que crianças com autismo e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresentam comportamentos alimentares atípicos, ou seja, não se alimentam regularmente como a população geral.

Portanto, acompanhar a saúde nutricional das crianças é fundamental, a fim de evitar o agravamento de determinadas condições de saúde. Continue a leitura para entender como fazer.

Transtornos alimentares em crianças com autismo

O autismo é caracterizado pela rigidez de comportamento, o que estimula em crianças com autismo a busca por uma alimentação repetitiva.

Neste sentido, elas costumam ser mais afetadas quando se fala em transtornos alimentares que envolvem uma relação ansiosa com a comida, na qual o alimento se torna uma espécie de fuga, ou até mesmo a ação inversa, que consiste em deixar de comer, conhecido como transtorno evitativo.

Abaixo estão listados os principais motivos que levam uma criança com autismo a desenvolver transtornos alimentares:

  • Desejo de controle e familiaridade com certos alimentos;
  • Utilizar a comida como estratégia de fuga;
  • Alterações sensoriais associadas ao alimento, como não conseguir identificar que está saciado;
  • Rotina alimentar restrita e rígida

Neste sentido, o padrão de repetição da criança autista, associado aos principais motivos que as levam a desenvolver uma relação ruim com a comida, reduzem a consistência alimentar, o que pode levar ao desenvolvimento dos seguintes transtornos:

  • Bulimia;
  • Anorexia;
  • Compulsão alimentar periódica.

Como consequência da seletividade alimentar, crianças com autismo podem apresentar:

  • Perda ou ganho de peso de modo acelerado;
  • Redução na capacidade de se concentrar;
  • Queda capilar;
  • Mudanças nos batimentos cardíacos.

Assim, é fundamental entender como efetuar intervenções terapêuticas multiprofissionais e, inclusive, acompanhar a saúde nutricional das crianças em casa.

Como acompanhar a saúde nutricional de crianças com autismo?

O estresse parental é comum em famílias de crianças com TEA. No entanto, compreender que esta é uma característica específica da criança vai facilitar o processo.

Portanto, além de manter acompanhamento com nutricionistas e outros profissionais da saúde, os pais podem adotar as seguintes estratégias em casa:

Introdução alimentar

A introdução alimentar de crianças com TEA pode ser feita, inclusive, após ela já ter iniciado o seu hábito de comer. Porém, diferente das estratégias tradicionais, aqui a família vai introduzir novas formas e texturas para alimentos que a criança já faz uso.

Toda família deve ser alimentar com a mesma comida

É comum famílias prepararem um “alimento especial” para as crianças com TEA. No entanto, o ideal é que todos consumam os mesmos alimentos, para estimular a criança a ingerir diferentes grupos nutricionais, texturas e formas de alimentos.

Associe a alimentação a um momento de alegria e prazer

O estresse parental pode tornar o momento de se alimentar um grande problema, porque insistem que a criança consuma algo que ela, decididamente, rejeita.

Por isso, procure deixar esse momento o mais leve possível, de preferência, com objetos e outros acessórios que a criança goste por perto. Manter a calma e sorrir também vai facilitar.

Da mesma maneira, observe quais são os alimentos que a criança ingere com mais frequência, a qual grupo alimentar eles pertencem, se há variedade de cores ou não, bem como se elas apresentam preferências por ultraprocessados.

Isso porque, vai ser possível traçar um histórico alimentar e observar quais são as vitaminas, sais minerais e outros nutrientes que a criança ingere, bem como pensar em abordagens para afastar o consumo de ultraprocessados.

Para um diagnóstico e tratamento adequado do Transtorno do Espectro do Autismo, uma equipe interdisciplinar e humanizada é essencial.

Acesse nossa página de Avaliação para Diagnóstico e Tratamento e fale com nossa equipe para avaliar e estabelecer um plano terapêutico individualizado para atender as necessidades da criança.

Categorias
TEA

Compreendendo como lidar com comportamentos relacionados à seletividade alimentar em crianças com TEA

Crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) podem apresentar comportamentos repetitivos e restritos, por isso, não é incomum que os pais relatem a seletividade alimentar em crianças com autismo e as dificuldades para lidar com o comportamento mais rígido associado à alimentação.

Neste artigo, nós, do Espaço Arima, vamos abordar possíveis causas para explicar a seletividade alimentar em crianças com autismo e quais estratégias podem ser adotadas pelos pais para lidar com esse problema.

Boa leitura!

O que é seletividade alimentar em crianças com autismo?

Crianças com autismo podem recusar ou apresentar preferências restritas a determinados alimentos. Assim, costumam comer a mesma coisa todos os dias sem que isto represente um problema.

Dessa forma, a seletividade alimentar em crianças com autismo está representada pela limitação a vários alimentos, que podem ser de diferentes grupos alimentares, como:

  • Frutas e verduras
  • Grãos e cereais
  • Carnes, queijos, ovos e outras proteínas

Em casos mais graves, há crianças que só consomem alimento de determinada cor ou não consomem alimento de determinada cor de jeito nenhum.

As causas para a seletividade alimentar em crianças com autismo podem ser diversas, inclusive o padrão de comportamento alimentar da família.

Porém, sabe-se que essa questão alimentar em crianças com autismo também pode estar associada ao padrão sensorial do pequeno, já que, em geral, pessoas com autismo apresentam maior sensibilidade a estímulos visuais e auditivos.

Neste sentido, os pais precisam manter atenção ao comportamento da criança, porque a seletividade alimentar causa impactos físicos, como possíveis déficits nutricionais, intolerâncias e constipações, assim como prejuízos comportamentais e de socialização.

Propostas de intervenção pelos pais

Embora a seletividade alimentar aconteça com maior frequência em crianças com autismo, os pais podem apresentar frustrações ou dificuldades para entender a condição do pequeno.

Assim, a alimentação se torna um comportamento desafiador, que requer a capacidade dos pais de compreenderem, como explicamos, as causas da seletividade alimentar.

No mesmo sentido, é fundamental conhecer quais são os comportamentos que podem ser adotados pelos pais, conhecidos como estratégias de intervenção. 

Em sua maioria, podem ser feitos em casa. Veja as principais dicas a seguir.

Programar o horário das refeições

Associado a padrões de comportamento repetitivos, os pais devem programar os horários das refeições para acontecerem, de preferência, sempre na mesma hora.

A ideia aqui é reduzir os espaços para lanches entre as grandes refeições e estimular a fome da criança.

Definir tempo limite para a refeição

A quantidade de tempo é essencial para a criança entender que ela só vai ter aquele momento para se alimentar. Portanto, deve consumir todo o alimento disponível.

Deixar a criança com o alimento disponível por muito tempo pode prejudicar a rotina alimentar e estimular ainda mais a seletividade. Prefira separar de 20 a 25 minutos por refeição.

Introdução alimentar cuidadosa

Muitos pais podem, na falta de paciência, introduzir os alimentos de qualquer jeito e até mesmo forçar a criança a engolir alguma coisa.

No entanto, este comportamento é extremamente prejudicial, porque pode provocar ânsias de vômito, bem como fazer a criança associar o alimento a uma experiência negativa.

Prefira introduzir cada alimento novo em pequenas porções e pedaços. De preferência, observe quais são as texturas que ela gosta e você pode preparar outros alimentos da mesma forma. O índice de aceitação costuma ser maior.

Utilize sistemas de recompensa

Saiba quais são os interesses da criança, tanto alimentares quanto sociais, e utilize o sistema de recompensa para obter sucesso na introdução de novos alimentos.

Categorias
TEA

Como os pais podem ajudar a criança com autismo a se adaptar à escola?

Mesmo sendo um direito da criança com autismo garantido por lei, a inclusão do mesmo em uma escola pode ser um desafio bastante delicado para os pais, que precisam encontrar modos de superar obstáculos e proporcionar a adaptação no ambiente escolar.

Vale lembrar que a escola é um lugar que a pessoa com autismo (principalmente quando criança) precisa frequentar, visto que é estimulado o desenvolvimento cognitivo e da comunicação, além de colaborar para o convívio social.

Por conta disso é extremamente relevante que os pais busquem uma escola com profissionais capacitados e tenha uma troca frequente com todos aqueles que estão envolvidos na educação do seu filho.

Confira a seguir

Escola para autistas: o que a lei diz?

De acordo com as leis atuais, para todos os efeitos legais, considera-se pessoas autistas como pessoas com deficiência. Então, quando o tema  envolve educação e autismo, existem 3 direitos essenciais e assegurados que os pais precisam saber.

  • Matrícula na rede privada ou pública: nenhuma instituição de ensino pode rejeitar a matrícula de pessoas autistas e também atualmente não existe nenhum limite máximo de vagas nessa questão;
  • Profissional de acompanhamento: o estudante autista possui direito a um profissional de acompanhamento junto em sala de aula, que a legislação atesta a formação para atendimento educacional especializado;
  • Plano Educacional Individualizado (PEI): a criação desse plano é destinada na orientação e adaptação de materiais e avaliações para que os mesmos se adequem ao aprendizado do estudante.

Adaptação escolar

O primeiro passo para assegurar uma experiência escolar satisfatória do filho é a adaptação escolar. Essa parte pode ser fracionada em algumas etapas, respeitando sempre as necessidades e o tempo da criança.

Desse modo, trazer previsibilidade da mudança é algo importantíssimo, explicando o que a criança pode encontrar pela frente e dialogando sobre questões específicas.

Além do mais, os pais podem levar em consideração a opção de visitar a escola com antecedência, levando o filho para conhecer o ambiente, como a sala de aula, refeitório, banheiro e até mesmo o professor.

Outro ponto essencial é deixar exposta e previsível a rotina acadêmica. Nessa parte pode-se utilizar suportes visuais como quadros de planejamento, para detalhar cada momento e é importante deixar em um lugar bastante visível para a criança.

Abaixo, confira mais formas de como os pais podem ajudar na adaptação do filho com autismo em sala de aula.

Criar e manter uma rotina

Como havíamos mencionado, existe uma grande importância da previsibilidade na vida da criança com autismo, visto que, isso pode ajudar a criar uma maior segurança com a rotina e as ações diárias.

Utilizar dos interesses da criança nas atividades

Muitos interesses específicos e objetos de hiperfoco podem ser utilizados para proporcionar a motivação e o engajamento do filho nas atividades escolares.

Pensar em materiais adaptados

Além do PEI, que a escola necessita abordar para o aprendizado do estudante, os pais podem enviar para a sala de aula materiais de apoio da criança, levando em consideração aqueles que já são utilizados e conhecidos pelo mesmo.

Estimular atividades coletivas

Atividades coletivas são essenciais para elevar a interação e socialização, por isso, sempre que conseguir, realizar tarefas, atividades, brincadeiras e jogos em grupo.

Orientações claras e diretas

Tanto em casa ou na sala de aula, o autista necessita ter um entendimento claro e objetivo do que será esperado em cada situação, facilitando o entendimento do que precisa ser feito.

Que tal ter mais dicas para deixar esse processo ainda mais aconchegante para o seu filho? Aqui no Espaço Arima o seu filho pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento!

Categorias
TEA Terapia Infantil

Quais são os benefícios de ter um médico especialista em desenvolvimento infantil envolvido no tratamento do autismo?

De modo geral, os tratamentos para autismo são de extrema importância para melhorar fatores como comunicação, a concentração, controlar ou substituir questões delicadas (como automutilação, por exemplo) por outras mais saudáveis.

Diante disso, o plano de tratamento precisa ser multidisciplinar, isto é, ele engloba médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, professores e muitos outros.

Mas então, neste artigo, iremos abordar como a terapia ocupacional pode melhorar a vida das pessoas com autismo. Confira a seguir!

Tratamentos do autismo: quando começar?

Como em boa parte das condições especiais ligadas à saúde, o tratamento precoce é sempre um caminho mais desejado. Quanto mais cedo o alinhamento dos sintomas e a estimulação de aprendizados começar, mais conquistas podem ser alcançadas a curto, médio e longo prazo.

De acordo com o jornal Globo, uma pesquisa sobre diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) constata que quando os tratamentos para o autismo começam em crianças de 3 anos, a evolução pode chegar a 80%.

Além disso, o mesmo estudo comparou os resultados de pacientes que deram início no tratamento com menos de 3 anos, assim, o percentual de melhora pode atingir 90%.

Qual o objetivo?

As intervenções terapêuticas possuem como finalidade trazer incentivos para a independência do autista. Isso corresponde em conquistar a habilidade de fazer tarefas básicas sozinho, assim como: ir e usar o banheiro, se vestir, comer, escovar os dentes, dentre outras.

Além também de sentir-se confortável com as interações sociais, como: estudar numa sala de aula com outras pessoas, fazer amizades, trabalhar e viver um relacionamento amoroso.

Como a Terapia Ocupacional pode ajudar no tratamento do autismo

A terapia ocupacional é uma área de conhecimento e de intervenção em educação, saúde e no âmbito social, que abraça tecnologias ligadas à autonomia de pessoas que demonstram dificuldades em ser incluídas na vida social.

Isso é visto diversas vezes, visto que, esses indivíduos principalmente as crianças possuem alguma limitação como: física, sensorial, mental, psicológica e social.

Terapia ocupacional no tratamento do autismo

Quando citamos a terapia ocupacional no autismo, é bastante comum imaginar nas terapias de integração sensorial. Por conta de que muitas pessoas com TEA apresentam complexidades com hipersensibilidade ou hipossensibilidade.

  • Hipersensibilidade: é quando o indivíduo sente muito os estímulos. Isto é, as questões visuais podem ser mais fortes e o sons mais altos que o normal, por exemplo;
  • Hipossensibilidade: agora neste caso, a pessoa precisa se esforçar um pouco mais para sentir os estímulos, causando mais agitação e movimento.

Vale lembrar, mesmo que essas intervenções sejam de muita importância, existem outras necessidades que podem ser de responsabilidade da terapia ocupacional para o desenvolvimento infantil.

Assim, uma das principais são as atividades de vida diária, como: ir ao banheiro, arrumar o cabelo, vestir a roupa, escovar os dentes e muito mais.

Dentre outras, também é possível estimular o desenvolvimento da coordenação motora em atividades como: pular, correr, segurar objetos com a mão, subir e descer escadas e assim por diante;

Diante disso, essas atividades podem ajudar no desenvolvimento infantil com qualquer nível de necessidade de suporte no TEA. Então, mesmo aqueles que possuem um grau severo, podem ser abraçados com o aprendizado de atividades básicas para conseguir a autonomia.

Conclusão

Cada criança com TEA possui as suas características únicas, então cada caso deve ser tratado de forma singular e especializada.

Por isso, é muito relevante possuir orientação de profissionais especializados para obter o melhor suporte possível.

Então, aqui no Espaço Arima a sua criança pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento!

Categorias
TEA

Por que é usado o termo espectro autista?

De modo geral, o Transtorno do Espectro Autista (TEA), corresponde a uma adversidade do neurodesenvolvimento definido por certos problemas na comunicação junto a envolvimento social e principalmente pelo aparecimento de ações restritas e repetitivas.

Sendo assim, existem muitas singularidades e diferenças que envolvem esse espectro, efetuando com que o autismo em cada pessoa seja único.

Isto é, enquanto certas pessoas podem necessitar de auxílio para ocupações do cotidiano, outras podem ser mais individuais no mesmo sentido.

No entanto, ainda que pareça ser difícil para algumas pessoas compreenderem porque se fala espectro autista e o seu significado, o nosso objetivo com este artigo é o esclarecimento dessa e outras dúvidas.

Confira a seguir!

Espectro autista: por que utilizamos esse termo?

O autismo é um transtorno que influencia nas capacidades sociais e demais atitudes de uma pessoa, o que pode carregar dificuldades na interação, alterando o modo como ela enxerga e dialoga com os outros a sua volta.

Então, o termo “espectro” foi introduzido ao nome do transtorno austista no ano de 2013, para detalhar a pluralidade de respostas e níveis de suporte que os mesmos apresentam.

Com isso, significa que cada autista possui sua forma de manifestações, individualidade, dificuldades e repertório, tornando-o singular dentro desse espectro.

Dessa forma, quando se compreende que o TEA aparece diferente em cada ser, evita-se também a utilização de estereótipos massivos na sociedade, como é o caso de acharem que todo autista é um gênio, por exemplo.

Isso é muito importante, porque aumenta o diálogo sobre as particularidades dos autistas. Ampliando a representatividade e auxilia na procura por diagnósticos corretos a partir de uma suspeita.

Mesmo com a diversidade do espectro autista, podem existir semelhanças

Mas se falamos em uma diversidade tremenda no espectro autista, por que muitas pessoas possuem o mesmo diagnóstico? Esse pode ser um questionamento bastante comum quando explicamos sobre a pluralidade no TEA.

Basicamente, é relevante lembrarmos que para fecharmos um laudo de autismo, o diagnóstico é clínico e com base em critérios pré-estabelecidos dos Manuais Diagnósticos disponíveis, como a Classificação Internacional de Doenças.

Assim, nas documentações são determinadas as características que englobam o espectro autista. Isso significa que para alguém possuir o laudo de TEA, é necessário que existam alguns pontos em comum, mesmo que em diferentes níveis, veja:

Problemas na comunicação social e interação social

  • Ausência ou dificuldade de fala;
  • Falta ou ausência de contato visual;
  • Imagem corporal um tanto rígida;
  • Dificuldade em entender e/ou compartilhar emoções.

Ações restritivas e repetitivas

  • Fixação ou fascínio por determinados objetos;
  • Movimentos ou ações repetitivas com o corpo ou fala.

Níveis de suporte no autismo

Além das características que citamos logo acima, também possui uma classificação que fraciona o transtorno em 3 níveis de necessidade e suporte.

Nível 1: autismo leve

O ser neste nível possui problemas para começar interações e mostra menos interesse nos relacionamentos. O comportamento inflexível do mesmo traz dificuldades nas atividades do dia a dia.

Nível 2: autismo moderado

Agora, neste nível, as pessoas com esse espectro têm dificuldades acentuadas com a comunicação verbal e não verbal, além das habilidades sociais bastante limitadas.

Suas formas de comportamentos são rígidas, o que mostra que possuem problemas em enfrentar mudanças.

Nível 3: autismo severo

Por fim, a pessoa neste nível apresenta dificuldades de comunicação e as outras questões citadas nos outros níveis também são mais severas.

Independente do diagnóstico de autismo, não existe uma parede ou limitação. Todos eles podem aprender e desenvolver habilidades ao longo da vida. Aqui no Espaço Arima a criança pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento! Venha conferir.

Categorias
TEA

Como as famílias podem lidar com a notícia de que um membro tem autismo?

Certamente todo pai e mãe de um filho diagnosticado com autismo pode atestar quão impactante foi o sentimento ao receber a notícia.

Diante disso, esse processo costuma ser bem marcante por unir emoções com medos e inseguranças. Vale lembrar que esses sentimentos são normais quando o assunto envolve algo desconhecido ou não esperado.

Sendo assim, quando uma criança nasce, o que os familiares desejam é criar o mesmo em um local seguro, para que tenha liberdade de desbravar o próprio universo e crescer em sua melhor versão.

No entanto, quando a criança é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ela precisa de mãos que o ajude, principalmente no início de sua vida.

Confira a seguir, uma lista com algumas dicas essenciais que separamos com muito amor e carinho ao pensar nos familiares que buscam amparo e conforto após receberem a notícia de que um membro tem autismo.

Primeiramente, é preciso aceitar!

Ao nascer uma criança, todos os olhares, planos e expectativas para o crescimento são colocados na mesa, esculpindo-se à medida que experiências são vivenciadas. Então, quando o núcleo familiar é confrontado com a notícia de que um membro tem autismo, é necessário reorganização das expectativas e criar novas realidades.

Com isso, é fundamental aceitar o diagnóstico para começar a compreendê-lo. Uma das questões relevantes é fugir dos mitos do transtorno que o rodeiam, principalmente a internet.

Não esconder a criança do mundo

De modo geral, é extremamente importante proporcionar a integração da criança e sua família à sociedade. É bastante comum que parentes ou amigos tenham algum tipo de resistência, mas o ponto crucial para esse momento é a perseverança, principalmente na adaptação escolar.

Procurar ajuda de profissionais especializados

Quando receber a notícia de que seu familiar tem autismo, é crucial iniciar os acompanhamentos terapêuticos o mais cedo possível. Visto que, essas intervenções acontecem com uma equipe multidisciplinar constituída na maioria das vezes por profissionais de: fonoaudiologia, psicologia, pedagogia, neuropediatra e muito mais.

Sendo assim, selecione e conheça os profissionais que farão parte deste processo. Além do mais, esclareça suas dúvidas e repasse para os familiares mais próximos.

Vale lembrar que cada criança e família são únicas, por conta disso, as atividades para evolução dos mesmos devem ser escolhidas e focadas especialmente para vocês.

Incentivar a criança é importante!

Ensinar e auxiliar nas tarefas do dia a dia e nos cuidados pessoais trará um desenvolvimento saudável e autônomo da criança. Assim como qualquer um, o que espera-se é que a mesma aprenda a se alimentar, se vestir, organizar a casa, etc.

Posto isso, uma dica interessante para o cotidiano é incluir a criança nas atividades da casa, assim ela consegue se sentir incluída na rotina.

Vale lembrar, a paciência nesse processo de aprendizagem e descoberta é o ponto-chave. Afinal, cada pessoa tem a sua própria forma de se desenvolver, independentemente de ter autismo ou não.

Vocês não estão sozinhos

É natural das pessoas buscarem se proteger quando recebem uma notícia que causa medo, principalmente quando a situação é carregada de incertezas. Logo, é aceitável sentir-se sem chão logo após o diagnóstico do autismo.

Então, muitas vezes pode ser desanimador procurar reiniciar e criar novos planos, baseando principalmente nos desafios que essa criança irá encontrar.

Assim sendo, não se cobre e sim busque sempre uma rede saudável de apoio. Existem muitos meios de ajuda para crianças com TEA. Como é o caso da Espaço Arima, onde o seu familiar pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento!

Categorias
Diagnóstico Precoce TEA

Como promover uma melhor integração entre as crianças autistas e as demais crianças no convívio social?

De modo geral, saber preparar a criança autista para conviver na sociedade é de extrema importância no processo de inclusão.

Basicamente, independente de qual seja o nível, aqueles que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), precisam ser tratados com carinho, atenção e principalmente respeito.

Sendo assim, o primeiro passo deste processo é entender as características que seguem o TEA, fazendo com que o funcionamento do cérebro dessas crianças ocorra de forma diferente das demais.

Então, veja como preparar a criança autista para conviver entre as outras com esse mesmo aspecto ou não no convívio social. Confira!

Qual a importância de preparar a criança autista para conviver em sociedade?

O Transtorno do Espectro Autista na sociedade, é uma das questões encontradas em boa parte das pesquisas dos especialistas em saúde mental. 

Segundo um dos centros mais relevantes nos Estados Unidos, existem novos casos de autismo e precisamos adaptar à realidade deles na sociedade. Apenas no Brasil, supõe-se que existam mais de 2 milhões de autistas no País.

Acima de tudo, os dados expõem a necessidade de inserir essas pessoas na sociedade. Como é o caso de: a cada 160 crianças no mundo, 1 é autista. Além disso, aqui no Brasil, a desinformação e ausência de um tratamento eficiente, contribuem para que piorem os impactos desse transtorno.

Levando isso em consideração, preparar a criança autista para conviver com os outros similares é essencial. No entanto, devemos entender suas limitações, principalmente nos níveis mais graves do transtorno.

Em outras palavras, no nível mais avançado, o autismo pode limitar muito a criança, isto é, ele possui menos autonomia nas suas ações, dificuldade em aprendizagem, capacidade e realização de atividades do dia a dia.

Contudo, quando não se encontra os devidos cuidados, os sintomas afetam muito mais as realizações pessoais, profissionais, educacionais e consequentemente sociais. Então, preparar a criança autista, estimula ela a ter uma vida mais saudável e equilibrada.

Como a família pode ajudar?

De modo geral, todos os membros da família podem e devem ajudar quando o assunto se trata de convívio social da criança autista. Todavia, a mãe é a primeira pessoa a participar da educação desse filho, mas todos ao redor devem se conscientizar.

Existem elementos, que precisam de uma atenção ainda maior, como, por exemplo:

  • comportamento;
  • cuidados;
  • segurança;
  • aprendizagem; e 
  • bem-estar.

Além disso, pode-se procurar apoio também na escola, com os respectivos professores e juntos promover a interação da criança com o mundo escolar. Isso tudo proporcionará que a criança autista se sinta encorajada a um convívio social.

Sendo assim, o autista que é posicionado no meio social, diminui as chances de surgir emoções negativas, principalmente quando envolve um ambiente desconhecido.

Conclusão

Em suma, quanto antes a criança autista for encaminhada ao consultório médico, mais o tratamento pode gerar um efeito positivo. Isso porque, o período em que a criança começa a mostrar, com mais clareza, a presença do autismo é nos seus primeiros anos de vida.

O diagnóstico é obtido, através da observação clínica, comportamental e relatos dos pais e aqueles que convivem diariamente com a criança.

No Espaço Arima a sua criança pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento! Venha nos conhecer.

Categorias
Pediatria TEA Terapia Infantil

Quais são as comorbidades que uma criança com autismo pode desenvolver?

Pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), além das dificuldades mais comuns enfrentadas pela sua condição, também podem desenvolver distúrbios médicos, como é o caso das principais comorbidades em crianças com autismo.

Consideradas mais comuns em crianças com TEA do que na população em geral, considerada neurotípica, este assunto se torna fundamental para pais e pessoas envolvidas na criação e desenvolvimento de crianças com autismo.

O que são comorbidades?

Na linguagem médica, as comorbidades são aqueles distúrbios, transtornos ou doenças que coincidem de algum modo com a causa primária – também chamado de distúrbio primário.

Neste sentido, toda comorbidade é considerada uma condição separada do distúrbio primário, por apresentar suas próprias características e sintomas.

Riscos de crianças com autismo desenvolver comorbidades

Quando se fala em crianças com TEA, o risco de desenvolvimento das comorbidades é mais comum, quando comparados com pessoas da população em geral.

Deste modo, além dos sintomas característicos do autismo, como dificuldades na linguagem e impacto nas relações sociais, pessoas com autismo também apresentam outros sintomas de comorbidades.

Quando se fala em problemas gastrointestinais, por exemplo, pessoas com autismo tem até 7 vezes mais chance de desenvolver estes problemas, e 1,8 vezes mais chances de apresentar alergias.

Comorbidades mais frequentes em crianças com autismo

Agora que você já sabe o que são comorbidades e como elas impactam em crianças com autismo, é hora de conhecer quais são as mais frequentes.

Isto é importante porque, uma vez que os sintomas das comorbidades são tratados, as crianças com autismo podem se desenvolver melhor, além de reduzirem o risco de morte frequentemente associado a essas condições.

Transtorno de ansiedade

Crianças com TEA costumam apresentar altos níveis de ansiedade, que se manifestam através do comportamento acelerado e agitado, podendo haver episódios de crises relacionadas a ataques de pânico.

Do mesmo modo, transtornos de humor, como a depressão, também são observados em crianças com TEA, sobretudo pela dificuldade na interação social.

Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

Aqui no Blog do Arima nós já falamos sobre TDAH, quais são os sintomas, como diagnosticar e a importância do exercício físico para crianças com TDAH. Você pode ler neste link.

Porém, é importante ter em mente que estas duas condições podem estar juntas e representam desafios a mais para sua criança.

Epilepsia

Crianças com TEA também podem apresentar epilepsia como uma comorbidade e convulsões são frequentes nesta população.

Distúrbios de sono

Os distúrbios de sono impactam negativamente a vida de crianças com TEA, porque interferem em seu ciclo de descanso e repouso e na manutenção regular das funções cerebrais.

Assim, podem haver episódios de sonambulismo, dificuldade para adormecer, com pensamentos excessivos e agitados, insônias e hábitos de acordar durante a noite.

Transtornos gastrointestinais

Os problemas relacionados ao sistema digestivo afetam crianças com autismo de diferentes formas, como o aparecimento de diarreia crônica, úlceras, gastrite, vômitos, inflamação do intestino e intolerâncias alimentares.

Alergias

Como mencionado acima, as crianças com autismo apresentam 1,8 vezes mais chances de apresentarem alergias, como a asma, rinite, além das alergias a alimentos.

Distúrbios genéticos

Considerados potencialmente mais graves, os distúrbios genéticos são diversos em crianças com autismo, o que abrange a Síndrome de Down, Síndrome de Williams, Síndrome de Martin-Bell ou Síndrome do X Frágil e Neurofibromatose tipo I.

Condições neurológicas

Assim como as condições alérgicas, crianças com autismo também apresentam risco aumentado de apresentar condições neurológicas, como a epilepsia, paralisias cerebrais, enxaquecas e hidrocefalia.

Síndrome de Rett, Dislalia e Síndrome de Angelman também estão relacionadas ao TEA.

Para um diagnóstico e tratamento adequado do Transtorno do Espectro do Autismo, uma equipe interdisciplinar e humanizada é essencial.

Acesse nossa página de Avaliação para Diagnóstico e Tratamento e fale com nossa equipe para avaliar e estabelecer um plano terapêutico individualizado para atender as necessidades da criança.

plugins premium WordPress

Uma série de lives gratuitas com especialistas em autismo.

Open chat
Precisa de ajuda?
Oi, tudo bem?