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TEA Terapia Infantil

Cuidando da saúde mental e física das crianças autistas: como?

O autismo ou TEA até o momento não possui uma cura, no entanto, existem uma série de estratégias que visam a melhora da saúde mental e física das crianças autistas, trazendo uma melhora significativa na qualidade vida, concentração, locomoção e comunicação.

Através de uma equipe multidisciplinar é possível auxiliar o desenvolvimento da criança autista, aplicando práticas e terapias de diversas formas, afinal toda criança autista possui suas particularidades e níveis de autismo

Para realizar uma avaliação completa e segura do diagnóstico do autismo é necessária uma equipe dedicada e multidisciplinar, como o Espaço Arima. Confira aqui como funciona a avaliação e entre em contato com o time de especialistas.

Veja abaixo nossas dicas de como cuidar da saúde mental e física das crianças autistas:

A saúde mental da criança autista

Grande parte das crianças autistas podem sofrer com distúrbios mentais como problemas de comportamento, agressividade e ansiedade. Quando somado a fobias sociais, a criança pode entrar em um sério estado de sofrimento psicológico com uma simples interação social.

Por esse motivo, para amenizar o impacto da saúde mental das crianças com TEA é preciso modificar a forma de comunicação, utilizando o afeto e a paciência como base. Além disso, incentivar de maneira respeitosa o contato com outras crianças, para que possam brincar e socializar livremente.

Junto a isso, existem algumas práticas que podem complementar o tratamento e o cuidado com saúde mental desses indivíduos, confira:

Psicoterapia

A psicoterapia infantil é uma das maneiras mais frequentes para o cuidado mental com as crianças autistas. Através de uma terapia direcionada e adaptada a condição da criança autista, o psicólogo consegue trazer conforto para o paciente, além de conseguir desenvolver algumas habilidades de interação social e comunicação.

Musicoterapia

É uma prática não convencional, mas que tem apresentado resultados positivos quando o assunto é a saúde mental de autistas. A música tem capacidade relaxante e através de suas notas a criança consegue entender melhor suas emoções.

Não é necessário que a criança aprenda algum instrumento, o fato de ouvir os sons e até realizar alguns movimentos de dança descontraída, ajuda no conforto mental.

Saúde física de crianças autistas

Se tratando da saúde física, as crianças autistas podem ser sedentárias por possuírem dificuldades de interação social e atrasos motores. Dessa forma, existem algumas maneiras de se realizar atividades físicas e ajudar até mesmo no descanso e diminuição das crises.

Psicomotricidade

As sessões de psicomotricidade são guiadas por um fisioterapeuta especializado no cuidado de crianças autistas. Dessa forma, a criança é incentivada a realizar brincadeiras e atividades que utilizem o movimento do corpo como forma de auxiliar no controle de movimentos.

Terapia ocupacional

Outra atividade importante que exercita a psicomotricidade é a terapia ocupacional. Nela, as crianças passam a realizar ações comuns para facilitar as suas atividades cotidianas, melhorando assim a sua autonomia e autoconfiança para conseguir se adaptar socialmente.

Alimentação

Para cuidar da saúde física e mental, a alimentação é outro ponto de extrema importância. O consumo de uma dieta rica em nutrientes, vitaminas e minerais é o ponto chave para uma vida saudável e até redução de crises.

Por esse motivo, uma dieta balanceada, com fontes de cereais, vegetais, verduras, leguminosas, carnes, leite e derivados é o ideal.

Referência:

9 tratamentos para autismo (e como cuidar da criança) (tuasaude.com)

Os cuidados com uma criança autista (amorematernidade.com.br)

Como lidar com o autismo: 6 formas de melhorar a qualidade de vida do seu filho – CenttralMed

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Diagnóstico Precoce TEA

Quais os principais desafios para a realização de diagnóstico de autismo em crianças pequenas?

Nos dias atuais, é bastante comum vivenciar falas referentes ao diagnóstico de autismo em crianças pequenas, isso pela relevância que o tema possui. 

De modo geral, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) corresponde a um distúrbio do neurodesenvolvimento definido por ações repetitivas e estereotipadas e atraso na linguagem e consequentemente interação social.

Quer ficar por dentro dos principais desafios encontrados para a realização de diagnóstico precoce em TEA? Nos acompanhe com a leitura deste artigo. Confira a seguir!

Autismo: quais são os sintomas mais encontrados em crianças?

De acordo com os estudos, os sintomas do autismo podem surgir desde cedo (1 a 2 anos de idade) ou até antes, e isso requer muita atenção. Dessa forma, essa condição consegue abalar o desenvolvimento de áreas significantes para a vida de qualquer indivíduo na sociedade,

Sendo assim, na interação social, é possível notar que as crianças possuem defasagem na socialização e nas relações sociais. Na maioria dos casos, não têm amizades, preferem se isolar e não gostam de compartilhar seus brinquedos.

Agora, no quesito da comunicação, a fala e a linguagem podem ser abaladas, a criança pode ter um atraso significativo e também não conseguir se comunicar através de outros sinais, como apontar ou olhar para dizer algo.

Já na questão do comportamento, possuem relevância em movimentos repetitivos com o corpo (balançando para frente e para trás) e a dificuldade em mudança de rotinas. 

Importância do diagnóstico de autismo em crianças

Até então, não existe exame laboratorial que consiga identificar o autismo na pessoa. O teste para receber o diagnóstico é clínico. Então, ele é realizado a partir da observação comportamental da criança.

Desse modo, a intervenção terapêutica precoce é de extrema importância para reduzir os danos e atrasos no desenvolvimento infantil.

Mas então, quais são os principais desafios para a realização de diagnóstico de autismo em crianças pequenas?

Desafios do diagnóstico precoce em TEA

TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) costuma atrasar no diagnóstico de TEA

Entre os principais desafios para identificar o autismo em crianças pequenas, estão as diversas manifestações do transtorno. 

Como é o caso daquelas que possuem TDAH, então o Transtorno do Espectro Autista neste caso leva mais tempo do que o normal para ser diagnosticado.

Considerar distúrbios ansiosos e de linguagem antes de encerrar o diagnóstico de autismo

Até então, existem vários fatores que precisam ter a devida atenção na tentativa de investigar o diagnóstico de autismo, entre eles temos os transtornos ansiosos, o TDAH e o distúrbio específico na linguagem.  

Com isso, é preciso ter bastante atenção daqueles mais próximos, como por exemplo, o pai, a mãe e o profissional que acompanha o bebê nos primeiros anos.

Não estimular corretamente a criança

Basicamente, no momento em que se percebe que a criança fica mais isolada, possui dificuldade de comunicação social, ausência ou insuficiência da fala, fica irritada facilmente, brinca e age de modo repetitivo, é muito importante que os pais saibam como agir.

De início, uma boa alternativa é procurar uma unidade básica de saúde ou até mesmo buscar sites de referência como o nosso projeto do Espaço Arima e assim conseguir estimular a criança corretamente.

Para uma avaliação especializada, acesse nossa página de serviços de atendimento e diagnóstico!

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TEA

Inclusão em contextos sociais de crianças com autismo: o que isso significa

A inclusão social de crianças com autismo (TEA) é necessária para o amadurecimento, evolução e independência desses indivíduos. Os desafios de uma criança autista não podem se sobrepor a necessidade de socialização humana.

É preciso entender que a inclusão social também é uma forma de demonstrar cuidado e preocupação com a criança, necessitando realizar práticas que vão desenvolver o aprendizado e acompanhar o amadurecimento da criança. Confira abaixo tudo sobre essa questão, sua importância e maneiras de promover a inclusão em contextos sociais!

Por que é importante a inclusão social de crianças autistas?

O número de crianças autistas tem crescido a cada ano, atualmente, cerca de 1 a cada 160 crianças são diagnosticadas com autismo. Espera-se que esse número seja ainda maior, visto que muitas famílias não realizam a avaliação necessária para diagnosticar o autismo.

Esse número crescente de pessoas autistas acende o alerta sobre a importância da inclusão social desses indivíduos, visto que pessoas autistas possuem uma série de condições que as tornam diferentes dos demais, se afastando das interações sociais e do convívio com outras pessoas.

Lembre-se que uma criança autista logo será um adolescente autista e futuramente um adulto autista, e caso não haja um trabalho constante e multidisciplinar, o resultado pode não ser como esperado e essa pessoa viverá sempre dependente de outras para ter uma boa qualidade de vida.

Para realizar uma avaliação completa e segura para o diagnóstico do autismo é necessária uma equipe dedicada e com anos de atuação, como o Espaço Arima. Confira aqui como funciona a avaliação e entre em contato com o time de especialistas.

O que diz a Lei de Inclusão

Desde 2014, o Decreto Presidencial 8.368 regulamentou a Lei 12.764, conhecida como Lei Berenice Piana, no qual instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Através dessa Lei ficou determinada diversas questões importantes para a proteção e inclusão dos autistas, como por exemplo a classificação de pessoas com TEA como portadoras de deficiência, o acesso aos serviços públicos do SUS, o direito à educação de qualidade e adaptada para autistas, etc.

Junto a isso, ficou garantida a proteção social de pessoas com TEA, principalmente em situações de vulnerabilidade, e determinou a aplicação de multas e sanções a locais (principalmente as escolas) que recusem a presença ou matrícula de crianças autistas.

O que fazer para promover a inclusão social destas crianças

Promover a inclusão social de crianças autistas é mais fácil do que pode parecer. Pequenas atitudes diárias são responsáveis por causar um grande impacto na vida dos pequenos. 

O mais importante é exercitar a paciência e aprender que o ambiente familiar é o local de maior importância no aprendizado e desenvolvimento da criança.

Portanto, além de uma equipe de médicos, psicólogos, pediatras, professores e demais especialistas, a família ainda continua sendo a base para o desenvolvimento infantil. Confira algumas dicas:

  • Respeite o espaço da criança;
  • Não subestime a capacidade destas crianças;
  • Converse sempre de maneira carinhosa e respeitosa;
  • Motive a criança a brincar e se relacionar com outras crianças;
  • Não coloque a criança dentro de uma “bolha social”.

Referências:

Autismo na sociedade: saiba preparar a criança para o convívio social – Hospital Santa Mônica (hospitalsantamonica.com.br)

Como você pode ajudar na inclusão social do autista? – Entendendo Autismo (institutoneurosaber.com.br)

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TEA Terapia Infantil

O que é laudo para autismo e quais benefícios traz para as famílias?

O processo do laudo para autismo ainda é um tema que deixa as famílias com muitas dúvidas, principalmente as que se encontram no começo dessa jornada e querem acolhimento dos benefícios o quanto antes.

Basicamente, este documento é precedido por uma equipe de profissionais de várias áreas que avaliam os aspectos comportamentais do indivíduo. Para assim, utilizar instrumentos de medida/avaliação comprovados cientificamente para conseguir chegar a um diagnóstico confiável.

Sabendo desta realidade, nós do Espaço Arima preparamos e trouxemos este artigo especialmente para você. Confira a seguir!

O que é o autismo?

O Transtorno do Espectro autista (TEA) é uma condição de saúde marcada por deficiência na comunicação social, interesses fixos, comportamento e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Sendo assim, aqueles que possuem o diagnóstico de autismo, possuem sintomas em diferentes modos, ou seja, com diferentes graus de funcionalidade.

Dessa forma, é possível variar de quase ausência na interação social e atraso mental a leve prejuízos e sintomas, onde o autista consegue trabalhar e estudar, conciliando com os sintomas mais leves.

O que a legislação diz?

Na maioria dos casos, tanto na infância quanto na vida adulta, o autista tem dificuldades de inserção social. Com isso, a lei tratou de promover proteção previdenciária e assistencial a esses indivíduos.

Diante disso, a Lei 12.764/2012 Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Assim sendo, o art. 1º, § 2º determina que:

“§ 2º A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.”

Além disso, o artigo 3º cita quais são direitos decorrentes do autismo, veja:

  • vida digna, integridade física e moral, livre desenvolvimento da personalidade, segurança e lazer;
  • proteção contra qualquer tipo de abuso e exploração;
  • acesso a ações e serviço de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde (incluindo medicamentos;
  • acesso à educação, moradia, mercado de trabalho, previdência social e assistência social.

Quais os benefícios entregues para pessoas com autismo? 

Basicamente, pessoas diagnosticadas com o TEA possuem direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Este benefício é pago pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

De modo geral, esse direito é destinado para aqueles que não possuem condições de prover o próprio sustento, nem de tê-lo conseguido por sua família, além de possuir deficiência.

Então, como podemos observar anteriormente, o autista é considerado uma pessoa com deficiência. Abaixo, veremos alguns outros benefícios previdenciários.

Auxílio-inclusão

O autista que recebe o BPC LOAS, se realizar atividade remunerada e cumprir com algumas exigências, também pode ter direito ao auxílio-inclusão.

Essa vantagem existe para dar apoio às pessoas com deficiência na inserção no mercado de trabalho.

Auxílio-doença

Outra questão também para aquele que possui tal espectro, se estiver trabalhando e contribuindo para a Previdência Social, pode se afastar se existir algum tipo de incapacidade temporária para o trabalho

Laudo para autismo: quais benefícios traz para as famílias?

De modo geral, para as pessoas com o TEA receberem tais benefícios, é importante procurar o diagnóstico de profissionais especializados.

Portanto, esses especialistas são capacitados para fazer uma avaliação detalhada, levando em conta os critérios diagnósticos do tal transtorno.

Então, é elaborado um laudo médico para autismo que deve conter dados sobre o grau de classificação, o CID, além de especificar as áreas em que a pessoa mostra dificuldades.

Esses detalhes são essenciais para assegurar o processo de comprovação da condição de pessoa com autismo junto ao INSS.

Aqui no Espaço Arima a sua criança pode receber uma avaliação diagnóstica e ter o melhor acompanhamento! Venha nos conhecer.

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TEA

Você sabe como o aprendizado de crianças com autismo é influenciado pelo ambiente?

Você sabe qual é a relação entre aprendizagem e autismo e como deve ser um ambiente acolhedor e seguro para crianças com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) desenvolverem suas habilidades e potencialidades?

Diante da importância do tema e da necessidade de tratamento igualitário, em especial para crianças, nós, do Espaço Arima, preparamos este conteúdo que vai te ajudar a tornar o processo de aprendizagem da criança o melhor possível.

Boa leitura!

Aprendizagem segura e direitos da pessoa com TEA

Crianças diagnosticadas com TEA podem sofrer diversas alterações em sua rotina e desenvolvimento cognitivo, com impactos na fala, interação social e aprendizado.

Nesse sentido, faz parte do tratamento multidisciplinar o foco no processo de aprendizagem, que deve ser seguro e acolhedor para crianças com TEA, em especial no ambiente doméstico.

Porém, a legislação brasileira reconhece a importância da Educação Especial, no art. 58 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, além de determinar o desenvolvimento de métodos específicos para atender às necessidades de alunos com transtornos de desenvolvimento.

Da mesma maneira, a Lei n° 12.764/2012 institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e o direito que toda criança com TEA possui a uma educação especializada.

Assim, criar um ambiente seguro e acolhedor para crianças com TEA, além de ser fundamental para desenvolver e aprimorar habilidades e potencialidades, também é determinação legal e deve ser cumprida por creches e escolas.

Como criar um ambiente acolhedor para crianças com TEA

A tendência ao isolamento social e ao desejo de realizar atividades isoladamente pode ser uma das características de crianças com TEA.

Contudo, somente através de um ambiente acolhedor essa criança pode ser integrada ao seio social, com poder de aumentar a autoestima e autoconfiança de crianças com autismo, o que contribui para melhorar habilidades pessoais, inclusive as de relacionamento.

A seguir, veja como criar um ambiente acolhedor para crianças com TEA. As dicas se aplicam tanto para espaços escolares quanto dentro de casa.

Organização do ambiente

Crianças com TEA podem se distrair facilmente, em especial quando há muitos estímulos visuais e sensoriais.

Dessa maneira, é preciso que o local voltado a aprendizagem da criança seja o mais organizado possível e com poucos estímulos, para evitar distrações.

Isso não quer dizer que todas as paredes precisam ser brancas, mas evite deixar a sala com muitos brinquedos espalhados, várias canetas, lápis de cor, entre outros.

Linguagem clara e direta

A possível dificuldade de aprendizado de crianças com autismo pode se refletir em complicações para compreender determinados conceitos, como figuras de linguagem.

Assim, além de desenvolver um cronograma de estudos individualizado, é fundamental manter a linguagem clara e direta com a criança, para que ela entenda perfeitamente o que foi dito.

É importante lembrar que crianças com TEA podem apresentar dificuldades para compreender a linguagem verbal. Assim, nesse momento o responsável pode fazer uso de elementos visuais para complementar.

Importância de envolver a criança em uma rotina

É comum crianças com TEA apresentarem ansiedade e dificuldade para lidar com imprevistos ou situações que saem do seu controle.

Portanto, é fundamental manter a criança envolvida em uma rotina equilibrada, com horários para alimentação, descanso, estudo e diversão, o que aumenta segurança.

Inclusão e brincadeiras

A determinação legal é de que haja inclusão da criança com TEA, sempre que possível, em escolas regulares. E a finalidade é bastante simples: Promover a inclusão das crianças com autismo.

Do mesmo modo, evita a separação entre elas e crianças consideradas neurotípicas, que não possuem problemas de desenvolvimento neurológico.

Adicionar brincadeiras, musicoterapia, gamificação e outras atividades interativas também contribuem para a criança se sentir mais acolhida e a vontade para se expressar.

Para um diagnóstico e tratamento adequado do Transtorno do Espectro do Autismo, uma equipe interdisciplinar e humanizada é essencial.

Acesse nossa página de Avaliação para Diagnóstico e Tratamento e fale com nossa equipe para avaliar e estabelecer um plano terapêutico individualizado para atender as necessidades da criança.

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TEA Terapia Infantil

Criança com TEA: importância de acompanhar o desenvolvimento cognitivo

O desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) pode ser feito com acompanhamento de equipe multidisciplinar que estimula a qualidade de vida infantil e o estímulo de potencialidades e habilidades.

Em virtude da relevância do tema, nós, do Espaço Arima, preparamos este conteúdo para tirar suas dúvidas e explicar a importância do acompanhamento da criança com TEA. Continue a leitura!

Impactos do TEA no desenvolvimento infantil

Normalmente, crianças com TEA apresentam diferentes sintomas nos primeiros anos de vida. 

Mas, pelo pouco conhecimento sobre o tema, muitos pais podem achar determinados comportamentos normais ou até mesmo acreditam se tratar da idade.

No entanto, quando o diagnóstico de TEA chega, ele pode ser recebido com surpresa e até insegurança. Afinal, o transtorno do espectro do autismo pode impactar significativamente o desenvolvimento da criança.

Compreensão

A habilidade social é fundamental para o convívio com outras pessoas. Mas para crianças com autismo, a compreensão e entendimento da emoção dos outros pode se tornar um desafio.

Da mesma maneira, pode ser interpretadocerto desprezo pelas emoções, mas essa é uma condição relacionada ao transtorno e não se trata necessariamente de uma criança fria.

Rigidez cognitiva

Associada a comportamentos repetidos, a rigidez cognitiva faz com que a criança com autismo se apegue em excesso a determinado objeto, rotina e tentativa de controle, com grande frustração quando algo não sai como desejado.

Prejuízo da comunicação verbal e não-verbal

A comunicação é um dos pilares mais atingidos quando se fala em crianças com TEA.

É comum observar dificuldade para manter contato visual, ausência de respostas quando é chamada e até mesmo dificuldade para falar ou se expressar.

Os pais podem até pensar que a criança está “no próprio mundo”, o que representa prejuízo para o desenvolvimento infantil, que pode se tornar alheia ao ambiente que lhe cerca.

Como acompanhar o desenvolvimento cognitivo de crianças com TEA?

Uma vez realizado o diagnóstico de TEA em crianças, é fundamental buscar auxílio multidisciplinar para iniciar o tratamento específico, voltado ao desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas e de fala em crianças.

Portanto, é comum a presença de diferentes profissionais na equipe de tratamento, como psicólogos, psiquiatras, pedagogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros.

Este processo de desenvolvimento cognitivo não é feito de forma padronizada, porque o TEA apresenta diferentes níveis e, quanto maior a gravidade, mais importante se torna o suporte para a criança conseguir efetuar o tratamento e afastar o aparecimento de doenças como depressão.

Melhora de sintomas

Depois de iniciado o tratamento, a maneira de acompanhar o desenvolvimento cognitivo de crianças com TEA pode acontecer através da observação da melhora de diferentes sintomas, como maior contato social, controle da ansiedade e aumento da frequência escolar.

Observar a consistência e rotina da criança

Embora a criança com TEA seja excessivamente apegada a uma rotina, determinados comportamentos podem não ser consistentes, como horários de refeições ou de fazer atividades da escola.

Nesse sentido, os pais e equipe multidisciplinar podem observar o aumento da consistência nas atividades da criança, com pausas e intervalos cada vez menores na rotina geral do seu filho, como cumprir os horários para tomar banho, brincar, estudar e dormir.

Praticar técnicas em casa

Como o tratamento para o autismo é realizado por meio de técnicas, uma das maneiras de acompanhar o desenvolvimento da criança é praticar em casa as técnicas utilizadas com a equipe multidisciplinar, como exercícios de comunicação oral aprendidas com fonoaudiólogos.

Melhora do rendimento escolar

A criança com TEA normalmente faz acompanhamento pedagógico, com estratégias de aprendizado individualizadas.

No início do tratamento, a criança pode não saber falar as letras do alfabeto ou contar. Mas, o indicativo de que há melhora no desempenho cognitivo é a melhora do rendimento escolar e aprendizados, inclusive em outro idioma.

Para um diagnóstico e tratamento adequado do Transtorno do Espectro do Autismo, uma equipe interdisciplinar e humanizada é fundamental no processo.

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TEA Terapia Infantil

Aprendizagem de crianças com autismo e como alcançar melhoras reais por meio da motivação

Aprendizagem de crianças com autismo pode ser um desafio na rotina de pais, responsáveis e educadores. Isso porque, crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo podem preferir ficar sozinhas e representa um obstáculo para o desenvolvimento de habilidades sociais.

Para entender como motivar e ajudar crianças com autismo a aprender e desenvolver suas habilidades, nós, do Espaço Arima, preparamos este conteúdo para você. Boa leitura!

Como motivar crianças com autismo?

Crianças diagnosticadas com TEA podem apresentar dificuldades de aprendizado, em razão do impacto causado pelo transtorno no desenvolvimento cognitivo, que também afeta habilidades motoras e comportamento social.

Nesse sentido, é comum observar em crianças com autismo a preferência por brincar sozinhas, sentir dificuldades para compartilhar brinquedos, alimentos e também a baixa resposta a estímulos externos e sociais.

Dessa forma, a motivação exerce influência fundamental no processo de aprendizado da criança com autismo, porque somente por meio da convivência com outras pessoas é possível observar melhoras nos sintomas de isolamento, ansiedade e atividade intelectual.

Logo, o primeiro passo deve ser a identificação do que motiva cada criança. Lembrando que a estratégia de tratamento é única e cada criança deve ser observada em sua individualidade.

Dicas para ajudar crianças a melhorar sua aprendizagem

Depois de observar o que motiva a criança, é hora de adotar estratégias para usar esse interesse a favor do pequeno.

De tal maneira, se a criança gosta de bola, esse brinquedo pode ser usado em diferentes momentos para estimular que ela se engaje em outras atividades, como brincadeiras e danças.

Imitação

A imitação é um ótimo recurso de engajamento para crianças com TEA, porque elas aprendem sobre ritmo, momentos de início e de parada.

Então, você pode imitar alguém dançando e depois deixar a criança fazer o mesmo e vice-versa.

Atividades simples e fáceis

Crianças com autismo podem sentir dificuldade para gerenciar situações desconhecidas. Por isso, costumam ser apegadas a rotina e podem apresentar níveis acentuados de ansiedade.

Portanto, na hora de introduzir atividades e brincadeiras, o ideal é começar com gestos simples e fáceis. Assim, ela possui tempo para aprender e repetir os movimentos.

Linguagem direta e clara

A melhor abordagem para ensinar crianças com autismo é utilizar linguagem clara e direta. Para tanto, além de palavras, gestos também são bem vindos.

Vamos a um exemplo? Suponha que você quer ensinar a criança a escovar os dentes.

O primeiro passo é dizer: “Vamos escovar os dentes”. Em seguida, aponte a pia, que já deve estar com a escova e pasta de dente. Após, escove os dentes e deixe que a criança observe.

Por meio desse movimento é possível que o pequeno aprenda como a nova habilidade – de escovar os dentes, é feita.

Fique atento às distrações

Estímulos em excesso prejudicam a concentração da criança com TEA. Isso inclui estímulos visuais, sensoriais e auditivos.

Dessa forma, é importante gerenciar a quantidade de brinquedos e estímulos aos quais a criança vai ser exposta e prefira apresentar os objetos aos poucos.

Para um diagnóstico e tratamento adequado do Transtorno do Espectro do Autismo, uma equipe interdisciplinar e humanizada é fundamental no processo.

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Etapas da Terapia ABA no desenvolvimento de crianças com TEA e abordagens terapêuticas complementares

A terapia ABA consiste no procedimento terapêutico que promove o estímulo de novos comportamentos e melhoria das habilidades de pacientes com TEA, em especial para crianças, por se tratar de técnica intensiva, voltada para promover a qualidade de vida e reduzir os efeitos do transtorno.

Continue a leitura deste artigo que nós, do Espaço Arima, preparamos para você e tire todas as dúvidas sobre a importância da terapia ABA para o desenvolvimento de crianças com TEA.

O que é a terapia ABA?

Do inglês Applied Behavior Analysis, a terapia ABA consiste na Análise do Comportamento Aplicada e tem como objetivo principal reduzir os efeitos do Transtorno do Espectro Autista (TEA), para estimular o desenvolvimento de habilidades e comportamentos, bem como aprimorar aquelas já existentes.

Isso porque, pessoas diagnosticadas com TEA podem sofrer diversos impactos em suas habilidades sociais, cognitivas e comportamentais, com prejuízo para socialização e aprendizado, em especial de crianças.

A terapia ABA é realizada em quatro etapas principais e envolve não somente a criança, mas todos aqueles que convivem com ela, como os pais e responsáveis. Assim, apresenta-se como alternativa completa e integral para a criança também se desenvolver no ambiente de casa.

Etapas da terapia ABA

Voltada ao reforço de comportamentos positivos, a terapia ABA acontece principalmente pela repetição do aprendizado por parte da criança, ao mesmo tempo em que se observam quais comportamentos devem ser desestimulados.

A seguir, veja quais são as quatro etapas da terapia ABA

Análise do ambiente e avaliação de comportamento

Para iniciar o tratamento da criança, a terapia ABA conjuga a análise ambiental e de comportamento.

Assim, é possível identificar qual comportamento afeta o desenvolvimento dos pequenos e qual a influência de fatores biológicos, ambientais e culturais para que o comportamento se apresente e o porquê a criança sempre o repete.

Definição de metas

Depois da análise comportamental, a equipe responsável pelo programa da terapia deve definir quais são as metas para a criança alcançar.

Essas metas dizem respeito ao desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas, como comunicação oral e escrita, para estimular a independência infantil.

Com base em micropassos, as habilidades são pouco a pouco aprendidas pelas crianças por meio do reforço de comportamento.

Desenvolvimento da estratégia de tratamento

Quando a equipe entende quais são as principais necessidades da criança, o plano de tratamento começa a ser elaborado e tem como foco os comportamentos principais que o pequeno deve desenvolver.

Esta etapa do processo também é acompanhada a partir da avaliação feita sobre o progresso na aprendizagem da criança.

Intervenção

A intervenção propriamente dita se refere ao início do programa de tratamento, que também conta com a participação dos pais para aprender as técnicas e aplicar também em casa, com o objetivo de tornar o procedimento terapêutico mais intenso e efetivo.

Abordagens terapêuticas complementares

A terapia ABA está começando a explorar a inclusão de abordagens terapêuticas complementares para ampliar os benefícios e resultados para as crianças com TEA. 

Isso pode envolver a integração de práticas como a terapia ocupacional, a musicoterapia, a terapia de arte e o treinamento de habilidades sociais em conjunto com a terapia ABA. Ao combinar diferentes abordagens terapêuticas, os terapeutas podem oferecer uma intervenção mais abrangente e holística, visando o desenvolvimento global da criança.

Fortalecimento emocional

Além disso, a terapia ABA também está cada vez mais reconhecendo a importância da resiliência e do fortalecimento emocional das crianças com TEA. Os terapeutas trabalham para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades de autorregulação emocional, resolução de problemas e construção de um senso de identidade positiva. Isso pode incluir atividades terapêuticas que promovem a expressão emocional saudável, o autoconhecimento e a construção de relacionamentos significativos.

Uso de tecnologia

À medida que a tecnologia continua a avançar, a terapia ABA está explorando o uso de tecnologias assistivas para auxiliar no desenvolvimento das crianças com TEA. Isso pode incluir o uso de aplicativos e dispositivos tecnológicos projetados para melhorar habilidades de comunicação, interação social e aprendizagem. Essas tecnologias podem fornecer suporte adicional e oportunidades de prática fora das sessões terapêuticas, facilitando a generalização de habilidades para outros ambientes. 

A tecnologia também permite que os terapeutas monitorem o progresso da criança de forma mais precisa e eficiente, além de fornecer oportunidades adicionais de prática e reforço fora das sessões. 

Ao abraçar essas novas perspectivas, a terapia ABA pode se tornar ainda mais abrangente e impactante no desenvolvimento de crianças com TEA. Para um diagnóstico e tratamento adequado uma equipe interdisciplinar e humanizada é fundamental no processo.

Acesse nossa página de Avaliação para Diagnóstico e Tratamento e fale com nossa equipe para avaliar e estabelecer um plano terapêutico individualizado para atender as necessidades da criança.

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ABA TEA Terapia Infantil

Conheça o ABA: terapia comportamental que auxilia no desenvolvimento da criança com TEA

Estudado desde a década 1960 e um dos métodos mais recomendados, tanto por médicos especializados quanto pelos pais de crianças dentro do espectro, o ABA é uma sigla para o termo em inglês Applied Behavior Analysis (Análise do Comportamento Aplicada), ou Terapia Comportamental Especializada para o Autismo.

Qual o objetivo do ABA?

menininho de blusa azul e cabelos castanhos cacheados brincando com bloquinhos coloridos de montar sobre um carpete cinza.https://www.freepik.com/free-photo/close-up-child-enjoying-didactic-game_23669795.htm#query=crian%C3%A7a%20brincando&position=7&from_view=search&track=ais

O intuito é fazer com que os comportamentos desejáveis sejam reforçados e recompensados, e os comportamentos disruptivos, destrutivos e prejudiciais sejam gradualmente substituídos por reações saudáveis ao ambiente e às interações sociais.

O ideal é que o ABA seja feito dentro de um modelo naturalista, inserido de maneira sutil no ambiente da criança, dentro do contexto em que ela vive (suas atividades diárias, domésticas, suas brincadeiras, na convivência escolar, etc.).

O tratamento visa desenvolver e reforçar na criança com autismo comportamentos socialmente relevantes para a vida em sociedade, estimulando a melhora nas habilidades de comunicação e interação social.

É necessário uma criança feliz e estimulada, participativa, proativa, querendo interagir, querendo desenvolver e emitir comportamentos verbais, e o ABA naturalista favorece o tratamento nesse sentido, porque aumenta a motivação da criança durante o trabalho.

Esses objetivos são introduzidos sutilmente dentro de brincadeiras e atividades diárias. Assim, fazemos um pouco do que a criança quer, para ter sua atenção e confiança, enquanto inserimos na atividade algo que a estimule a deixar sua zona de conforto, resultando numa espécie de troca e alternância.

O ABA aplicado

menina sorridente com dois coques na cabeça olhando para a câmera, está deitada de barriga sobre o carpete e segura o queixo com as mãos, várias fichas coloridas redondas estão espalhados no chão diante delahttps://www.freepik.com/free-photo/girl-laying-floor-full-shot_36299592.htm#query=crian%C3%A7a%20brincando&position=44&from_view=search&track=ais

Sabemos que as crianças funcionam dentro de três zonas: zona de conforto, zona de desregulação e zona de estimulação.

A zona de conforto é o lugar onde a criança faz somente aquilo o que ela quer, não desenvolve e não está aprendendo nada novo, porque está apenas reproduzindo o que já sabe.

Na zona de estimulação, é gerado um estímulo que vai desencadear uma resposta, esse é o momento em que a criança está trabalhando, ampliando seu repertório e adquirindo conhecimento novo.

A criança entra na zona de desregulação quando a atividade é invasiva demais, monótona demais ou lhe falta motivação. Neste lugar, a criança se recusa a desenvolver as atividades e se perde no caminho.

Portanto, o ideal é que a programação do ABA seja executada dentro do espaço que compreende a zona de conforto da criança e a zona de estimulação, alternando entre um caminho e outro, conduzindo-a através das duas áreas de atividade. 

Este é o ABA naturalista, baseado em brincadeiras, motivação, incentivo e estímulo ao contato social da criança.

Consequências positivas

O princípio do ABA é fazer a análise funcional dos comportamentos da criança, com atenção especial para os pensamentos e comportamentos adequados e que precisam ser assimilados. 

Os antecedentes destes comportamentos são observados e analisados, da mesma maneira, as consequências desse comportamento são levadas em conta. Os antecedentes são estímulos que pretendem gerar a resposta desejada.

Quando essa resposta é gerada, a criança é recompensada de maneira positiva, para que o cognitivo dela associe a atividade como prazerosa, e perceba que o trabalho vale a pena.

Quando nós temos um reforço de comportamento, este comportamento tende a aumentar de frequência e intensidade. Quando temos uma punição, uma extinção, retirada de consequência positiva, esse comportamento tende a diminuir.

Dentro desta lógica, deve-se atentar aos estímulos, que são o que pretende desencadear o comportamento desejado, impactando diretamente na qualidade de vida da criança, seus amigos e familiares.

Para mais informações sobre tratamentos, consulte a  nossa página de avaliação e diagnóstico e tire todas as suas dúvidas com profissionais especializados.

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Comportamentos inapropriados: como identificar e lidar com problemas de comportamento em crianças autistas

A maior parte das crianças que iniciam o tratamento e que tiveram o diagnóstico de autismo apresentam comportamentos inapropriados significativos.

Uma pesquisa feita em 2018 no Canadá revelou que cerca de 60% das crianças dentro do espectro autista em início de tratamento apresentam características de transtorno comportamental.

Ou seja, a cada 5 crianças, 3 possuem um aspecto significativo que indica problemas de comportamento.

Comportamento inapropriadouma menininha de cabelos loiros em um fundo azul põe as mãos na cabeça, tem os cabelos bagunçados e os olhos fechados, está fazendo uma careta de boca aberta mostrando os dentes, prestes a chorar.https://www.freepik.com/free-photo/cry-teen-girl-blue-facial-expressions-people-emotions-concept_9970904.htm#query=birra&position=18&from_view=search&track=sph

O choro excessivo, bater nos coleguinhas e nos adultos, chutar, morder, lançar e destruir objetos, atirar as coisas de propósito, o autolesão (agredir a si mesmo, bater com a cabeça na parede, etc.), cuspir no outro ou cuspir no chão, são atitudes que caracterizam problemas de comportamento.

Em alguns casos extremos, a criança autista apresenta vômito induzido como uma maneira radical de conseguir atenção, ou impedir alguma atividade que não queira fazer.

Esse tipo de comportamento acaba limitando o trabalho do profissional, que muitas vezes, por receio de entrar em conflito com as vontades da criança e acabar provocando uma crise, evita atividades que ela não queira fazer. O que acaba atrasando o tratamento e dificultando o desenvolvimento da criança. 

Com o tempo, a criança com problemas de comportamento vai moldando o próprio círculo familiar às vontades dela, criando um ambiente em que os adultos e demais correlativos passam a ter receio de contrariá-la, para evitar crises. 

Passa então a ser muito difícil convencê-la a sair da televisão, a tomar banho, sentar-se à mesa para comer, etc.

Qual o objetivo do comportamento inapropriado?

A função primária do comportamento inapropriado é a obtenção de um objeto de desejo, seja ele algo tangível ou uma vontade. 

A criança quer um brinquedo, um alimento, um suco, sair para passear em hora inapropriada ou ver a sua pessoa favorita. 

A segunda função é a busca por atenção: a criança com problemas de comportamento está tentando fazer com que as pessoas olhem para ela, observem-na. 

Vale lembrar que, nesses casos, atenção negativa também é atenção.

A terceira função é exercer controle: “quero as coisas do meu jeito, na hora que eu quero e como eu quero, e se alguém fizer diferente ou me contrariar, teremos um problema”.

A quarta função é servir de válvula de escape: evitar uma demanda, uma brincadeira que a criança com autismo não queira, evitar interagir com uma pessoa que ela não gosta ou ir a um lugar que ela não queira. Como o consultório do terapeuta, por exemplo.

Lidando com problemas de comportamentomenininha com as mãos no rosto e mãe abraçando-a, a mãe tem cabelos escuros e a filha tem cabelos castanhos, ambas são caucasianas e há uma janela ao fundo, tudo é muito claro e muito límpido.https://www.freepik.com/free-photo/cry-teen-girl-blue-facial-expressions-people-emotions-concept_9970904.htm#query=birra&position=18&from_view=search&track=sph

A intervenção comportamental com crianças autistas tem como objetivo a minimização e extinção de comportamentos inapropriados e o ensino e reforço de comportamentos adequados.

A primeira etapa do processo é identificar qual a finalidade desse comportamento, sua função pragmática, objetiva e observável. Observar com atenção e buscar o motivo da birra.

A segunda etapa é não reforçar o comportamento inapropriado. Isso não significa necessariamente privá-la das suas vontades e necessidades, mas que ela aprenda a fazer suas demandas de maneira apropriada.

Muitas vezes, o comportamento inapropriado acaba substituindo os comportamentos saudáveis com o tempo. Se a criança com autismo tem suas vontades atendidas sempre que se torna agressiva, ela acaba levando esse comportamento adiante até a vida adulta.

A terceira etapa é identificar um comportamento apropriado alternativo, sendo a quarta etapa ensinar o novo comportamento em um contexto em que se garanta que ele vá substituir o comportamento inapropriado para a mesma função.

Diagnóstico e tratamento

A maneira mais eficaz de lidar com problemas de comportamentos em crianças com autismo se dá através da terapia e do acompanhamento profissional.

Existem atualmente diversos métodos de tratamento que visam melhorar a qualidade de vida da criança, dos seus amigos e familiares, através de reforço positivo que eleva a autoestima e a autoconfiança da criança autista.

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