Como funciona o cérebro do autista? Entenda o que acontece!

Como funciona o cérebro do autista Entenda o que acontece!

Saber como funciona o cérebro do autista de forma exata é um dos maiores desafios para a ciência, uma vez que a condição ainda é incansavelmente estudada pelos especialistas.

O que se sabe até o momento é que o cérebro autista funciona de forma diferente do cérebro neurotípico – que não há nenhum transtorno.

Por isso, pessoas com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) respondem a estímulos e informações de maneira diferente. Continue lendo até o final para entender!

Cérebro e suas funcionalidades

O cérebro é o órgão mais importante de todo o nosso corpo. Sendo, inclusive, o primeiro órgão que se desenvolve no feto, a partir do 18º dia de gestação.

Ele é responsável por controlar todos os sistemas do organismo, atuando também na maneira em que sentimos, aprendemos e nos comunicamos com o meio externo. Assim, o cérebro controla:

  • pensamentos;
  • linguagem;
  • movimentos voluntários;
  • percepção;
  • equilíbrio;
  • postura;
  • julgamentos.

Como funciona o cérebro do autista?

O cérebro do autista tem algumas particularidades diferentes do cérebro neurotípico. Um estudo recente feito através de ressonância magnética demonstrou que no cérebro autista há áreas em que seu processamento é mais forte, e áreas em que é mais fraco.

Além disso, alguns estudos feitos nos últimos anos demonstram que os hemisférios do cérebro autista apresentam um pouco mais simetria, em comparação àqueles sem nenhum transtorno.

Por essa razão, os autistas apresentam características diferentes na hora de coletar e interpretar informações do mundo externo. O que faz com que eles sejam vistos como “estranhos”.

No geral, os autistas têm dificuldade de lidar com situações que não correspondem às suas habilidades. Como é o caso de ocasiões que exigem processamento rápido de informações dinâmicas.

Mas, em caso de situações em que exigem detalhes concretos, estáticos e verdadeiros, o seu processamento costuma ser muito melhor do que de pessoas sem nenhum transtorno.

Por isso que, muitas das vezes, pessoas com TEA costumam ser superiores em ciências físicas, engenharia, ciências da computação, artes e os demais campos que exigem atenção aos detalhes, raciocínio mecânico, fatos e análise de padrões.

Autismo e processamento cognitivo

O mundo atual é muito acelerado e, o tempo inteiro, o nosso cérebro é bombardeado de informações em fluxos rápidos e contínuos. Essas informações devem ser filtradas e integradas imediatamente, em uma fração de segundos.

Com isso, o cérebro precisa: filtrar o que não tem importância, compreender o contexto, integrar informações simultaneamente, avaliar o significado geral e, ainda, avaliar a melhor maneira de responder.

Todos esses processos exigem um processamento rápido, que, no cérebro de pessoas neurotípicas, fluem bem. Mas, o cérebro autista processa as informações pouco a pouco, de forma sequencial e organizando os detalhes.

Isso não significa que o cérebro do autista seja melhor ou pior do que o cérebro neurotípico, apenas diferente.

No TEA, as áreas relacionadas à socialização, comunicação e processamento emocional não se desenvolvem de forma adequada.

Mas, áreas que envolvem matemática, compreensão, produção de matéria escrita, design e arte se desenvolvem além do comum. Por isso, é comum que os autistas apresentem melhor percepção dos detalhes, bom raciocínio lógico e concreto e boa memória para estatísticas e fatos.

Referências

RAPOSO, C. C. S.; FREIRE, C. H. R.; LACERDA, A. M. O CÉREBRO AUTISTA E SUA RELAÇÃO COM OS NEURÔNIOS-ESPELHO. HumanÆ (Questões controversas do mundo contemporâneo), v. 2, n. 9, p. 1-21, 2015.

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