O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) pode provocar diversos impactos e desafios sociais, com destaque para a linguagem. Nesse sentido, os familiares precisam conhecer mais sobre a comunicação de crianças com autismo e como lidar com pessoas afetadas pelo TEA.
Diferentes tipos de comunicação
A língua e a comunicação estão interligadas, porque através dela as pessoas podem interagir e criar suas próprias dinâmicas sociais, de identidade, cultura, entre outros.
Hoje, sabe-se que a comunicação pode ser dividida em dois grandes grupos e cada uma delas é responsável pela compreensão de determinado contexto ou situação por parte das pessoas.
Comunicação verbal e não-verbal
A comunicação verbal é aquela que se refere à fala. Então, leva-se em consideração o que é dito.
A comunicação não-verbal, por outro lado, são os gestos, imagem, expressões faciais, olhar, postura, entre outros. Esta comunicação está no nível da subjetividade e pode ser interpretada de diferentes maneiras.
Para crianças com TEA, tanto a comunicação verbal quanto a não-verbal podem ser impactadas, o que oferece uma série de obstáculos para o seu adequado desenvolvimento em sociedade.
Principais dificuldades
Hoje, sabe-se que o TEA pode afetar as pessoas em diferentes níveis. Nesse sentido, cada criança com autismo deve ser vista em sua singularidade.
No entanto, há um conjunto de principais dificuldades que os pais e familiares devem observar durante a interação com elas.
Isto porque, não significa dizer que elas não entendem o que é dito, apenas mantém uma relação diferente com a comunicação e linguagem distinta das pessoas consideradas neurotípicas.
Nesse sentido, é correto dizer que, enquanto para muitas pessoas a linguagem é o meio principal de comunicação, em crianças com TEA essa relação pode ser intermediada pelo mundo e objetos, em lugar das palavras.
Níveis desiguais de aprendizado da linguagem
A comunicação é complexa e costuma ser composta de falas, gestos e outras habilidades.
Neste sentido, os níveis de desigualdade no aprendizado de crianças com TEA podem ser observados em crianças que sabem o vocabulário de determinado assunto específico, mas possuem dificuldades em outros.
Linguagem repetitiva
Os pais também devem ficar atentos à linguagem repetitiva das crianças com autismo, que também trazem assuntos de diferentes contextos para conversas com outros assuntos tratados.
Um grande exemplo é quando a criança pode repetir o seu nome para pessoas que já conhece ou quando fala sobre cores em conversas relacionadas a números.
Ausência de resposta a comandos
Também observada como uma dificuldade da linguagem e interação, crianças com autismo podem não responder aos estímulos auditivos, como quando chamadas a fazer determinada atividade.
Dificuldades para usar gestos
Crianças com TEA frequentemente não conseguem expressar seus sentimentos e emoções por meio da linguagem não-verbal, pela dificuldade de usar gestos ou manter contato visual.
Neste sentido, podem apresentar comportamento explosivo, quando desejam expressar suas emoções ou podem ser vistas como desinteressadas, porque não olham os outros diretamente.
Por que é importante falar sobre a comunicação de crianças com autismo?
A chegada de uma criança com autismo na família pode provocar diversos sentimentos, inclusive quando estão relacionados a dificuldade de adaptação dos familiares.
Deste modo, os familiares precisam conhecer quais são as principais dificuldades e terem consciência de que todo este processo é normal. A criança não está te ignorando ou sendo grossa.
É apenas a maneira dela de se relacionar com o mundo.
Para um diagnóstico e tratamento adequado do Transtorno do Espectro do Autismo, uma equipe interdisciplinar e humanizada é essencial.
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