Como prevenir crises agressivas no TEA? Veja como lidar!

Como prevenir crises agressivas no TEA Veja como lidar

As crises agressivas no TEA, também chamadas de comportamentos desafiadores ou crises comportamentais, significam os episódios em que uma pessoa com autismo manifesta ações agressivas, como: atacar objetos, agredir e ferir a si próprio ou outras pessoas.

Desse modo, esses casos podem existir por conta de diversas razões e podem variar se tratando da intensidade e duração.

Vale salientar que, nem todos aqueles que possuem autismo, experimentam agressividades. Além disso, cada indivíduo é um ser único tanto em suas características quanto nos seus comportamentos.

Sendo assim, é necessário saber um pouco mais referente a essas crises agressivas no TEA (Transtorno do Espectro Autista), e também quais métodos podem ajudar nesses momentos. Confira!

De onde vem as crises agressivas no TEA?

Pode-se dizer que, existem algumas razões no autismo que estão necessariamente ligadas à agressividade, como, por exemplo: dificuldade na verbalização das ideias, rigidez, inflexibilidade, dificuldade de adaptação a alterações, sons, cores, cheiros e dentre outros.

Diante disso, a agressividade pode iniciar quando o autista sente tantas coisas e tudo que a mesma consegue transmitir em palavras ou gestos lhe parece insuficiente.

Portanto, também são os fatores da sensibilidade, geralmente causada pelas mudanças no ambiente que, para um ser neurotípico, podem passar despercebidos.

Um estudo conduzido nos Estados Unidos demonstrou que aproximadamente 1 em cada 4 crianças autistas manifestam comportamento agressivo. 

Além disso, os estudos também revelaram que crianças com um coeficiente de inteligência mais baixo apresentam uma maior predisposição a ter crises nervosas.

Entendendo e assimilando os antecedentes

Conforme o próprio termo sugere, um antecedente refere-se a todos os eventos que ocorrem antes de um comportamento. Para determinar quais são os fatores que precedem um episódio de agressividade, é essencial observar o que acontece antes desse momento.

Assim, muitos episódios de agressividade podem ser desencadeados quando uma pessoa autista se recusa a fazer algo ou tem um desejo negado, por exemplo. 

No entanto, outras razões podem estar envolvidas, como estar em um ambiente extremamente ruidoso ou até mesmo com uma sobrecarga de estímulos visuais.

Portanto, é crucial observar o que pode estar ocorrendo e, da mesma forma que com o comportamento, ao identificar um padrão, será possível determinar um antecedente.

Como lidar com as crises agressivas no TEA?

Enfrentar situações de agressividade em indivíduos com autismo pode ser complexo, no entanto, há técnicas eficazes disponíveis para reduzir tais situações e confortar ao mesmo tempo.

Mantenha a serenidade

É fundamental manter a serenidade e evitar reações negativas ou agressivas diante do comportamento agressivo da pessoa com autismo. Então, responder de forma tranquila pode ser a solução.

Busque um lugar seguro

Agora, coloque em primeiro lugar a segurança do indivíduo com autismo e das demais pessoas presentes no local. Caso seja preciso, retire objetos que possam representar perigo ou afaste-se de situações que possam ser prejudiciais.

Observe os gatilhos

Identifique os estímulos que desencadeiam as crises agressivas. Isso pode incluir a observação de comportamentos recorrentes, variações na rotina ou situações sensoriais desconfortáveis.

Comunique-se de modo claro e direto

Opte por uma comunicação direta e fácil de entender ao interagir com a pessoa autista durante e após a crise. Isto é, evite fornecer instruções complicadas e conceda um período adequado para que a pessoa se acalme e assimile as informações.

Entregue apoio e compreensão

Por fim, demonstre empatia e compreensão em relação às dificuldades enfrentadas pela pessoa autista. Então, esteja presente e ofereça suporte, evitando qualquer forma de julgamento ou crítica.

Ademais, é crucial ter em mente que cada indivíduo com autismo é único, portanto, as abordagens de manejo podem variar de acordo com as necessidades específicas de cada um. 

A colaboração com profissionais especializados é essencial para elaborar um plano de suporte personalizado e eficaz.

Referência

HILL, A. P. Aggressive Behavior Problems in Children with Autism Spectrum Disorders: Prevalence and Correlates in a Large Clinical Sample. National Institutes Of Health, Volume 8, Edição 9, Setembro de 2014, páginas 1121-1133.

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