O desenvolvimento infantil envolve não apenas o crescimento físico e o aprendizado acadêmico, mas também a formação de habilidades socioemocionais e cognitivas essenciais para a vida.
Entre elas, estão as chamadas funções executivas, que englobam processos como a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva, que são fundamentais para o controle emocional e para o comportamento social das crianças, impactando diretamente seu desenvolvimento socioemocional.
Dessa forma, as funções executivas são processos mentais que nos ajudam a gerenciar nossos pensamentos, ações e emoções para alcançar objetivos de curto e longo prazo.
No contexto infantil, elas incluem a habilidade de manter e manipular/ traduzir informações na mente por curtos períodos, a capacidade de controlar impulsos e resistir a distrações e a habilidade de mudar de foco ou ajustar-se a novas regras e demandas.
Essas habilidades, que continuam a se desenvolver ao longo da infância e adolescência, são essenciais para o sucesso escolar e social das crianças, pois permitem que elas controlem impulsos, se adaptem a novas situações e interajam com os outros de forma saudável e produtiva.
Qual a importância das funções executivas no desenvolvimento socioemocional?
As funções executivas desempenham um papel crucial no desenvolvimento socioemocional das crianças. A memória de trabalho, por exemplo, permite que elas se lembrem de instruções ou regras sociais e as apliquem em diferentes situações.
Já o controle inibitório, ajuda a evitar reações impulsivas e inadequadas, enquanto a flexibilidade cognitiva permite que ajustem seu comportamento de acordo com o contexto social, favorecendo a adaptação e a resolução de problemas.
Essas habilidades impactam diretamente o controle emocional e o comportamento social das crianças, de forma que, uma criança que desenvolve boas funções executivas é capaz de gerenciar melhor suas emoções, lidar com frustrações e resolver conflitos com mais facilidade.
Como estimular funções executivas e habilidades socioemocionais?
Desenvolver funções executivas e habilidades socioemocionais requer prática e repetição, especialmente em ambientes que ofereçam desafios controlados.
O que pode ser feito por meio de jogos que envolvem a lembrança de sequências ou padrões, estimulando a memória de trabalho, além de reforçar a atenção e a concentração, essenciais para o aprendizado.
Enquanto as brincadeiras em que as crianças precisam parar seus movimentos rapidamente quando uma instrução é dada, são ótimas para treinar o controle inibitório, auxiliando a ensinar como regular impulsos e controlar o corpo, como, por exemplo: dança das cadeiras, Estátua e Uno.
Ler histórias em grupo e, depois, discutir como os personagens lidaram com seus problemas ajuda a criança a desenvolver empatia, a refletir sobre soluções de conflitos e a entender emoções, favorecendo a flexibilidade cognitiva, pois as crianças começam a entender que cada situação pode ter várias respostas possíveis.
Além disso, os jogos de resolução de problemas, jogos de lógica e tarefas que exigem planejamento, como construir algo com blocos, ajudam a desenvolver a capacidade de resolver problemas e ajustar estratégias, outro excelente exercício para a flexibilidade cognitiva.
Por fim, exercícios simples de respiração e relaxamento ensinam a criança a observar e controlar seus pensamentos e emoções, aumentando sua autoconsciência e facilitando o controle emocional e autorregulagem.
É nítido que investir no desenvolvimento das funções executivas e habilidades socioemocionais na infância é essencial para preparar as crianças para desafios sociais e de aprendizagem ao longo da vida.
Essas habilidades formam a base para a construção de relações saudáveis, o enfrentamento de frustrações e o sucesso escolar, favorecendo também uma transição mais tranquila para a adolescência e a vida adulta.
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