Entender o autismo é embarcar no desconhecido, onde a criança pode apresentar um universo único de desafios e potencialidades. Nessa aventura, existem os momentos de crise no autismo, que representam não apenas um desafio comportamental, mas também uma comunicação de necessidades não atendidas e uma resposta a um mundo desconhecido.
No artigo de hoje, nos concentramos em trazer para você sobre o gerenciamento de crises no autismo utilizando a estratégia de PCM.
A compreensão dos gatilhos é fundamental para desenvolver estratégias preventivas e interventivas que respeitem a dignidade e a individualidade de cada pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Acompanhe a leitura conosco e fique por dentro do tema.
Vamos lá?
O que pode ser considerado como uma crise no autismo?
Uma crise no autismo pode ser caracterizada por uma variedade de comportamentos que indicam uma desregulação do estado emocional ou sensorial de uma pessoa do espectro autista.
Essas crises podem se manifestar de maneiras diferentes, dependendo da pessoa e das circunstâncias.
Comumente, observam-se explosões emocionais, comportamentos agressivos, repetitivos ou autolesivos, dificuldades sensoriais, ansiedade acentuada e desafios na regulação das emoções.
Tais momentos críticos geralmente são provocados por alterações inesperadas na rotina, como o estresse emocional, dificuldades para se comunicar e até mesmo por um momento frustrante.
Por exemplo, uma criança com autismo pode experimentar um meltdown, que é uma resposta externa e explosiva a uma sobrecarga sensorial ou emocional, resultando em choro, gritos, tremores e, às vezes, comportamentos agressivos.
Por outro lado, um shutdown representa uma resposta interna, onde a criança pode parecer desligada ou distante, exibindo um “olhar vazio” ou deitando-se no chão sem responder ao ambiente ao redor.
O que é o PCM?
O PCM, ou Sistema Profissional de Gerenciamento de Crises, é uma abordagem que se alinha com os princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA).
Nela, são focadas estratégias seguras e respeitosas para gerenciar comportamentos desafiadores, frequentemente encontrados em indivíduos com autismo.
Este sistema é projetado para preservar a dignidade da pessoa em crise, minimizando danos físicos e emocionais tanto para o indivíduo quanto para o profissional envolvido.
No autismo, o PCM pode ser particularmente útil, pois oferece ferramentas para entender e responder a comportamentos que podem ser comunicações de necessidades não atendidas ou respostas a estímulos sensoriais aversivos.
Através de técnicas de prevenção e desaceleração de crises, o PCM ajuda a reduzir a frequência e a intensidade desses comportamentos irregulares.
Com isso, é possível diminuir a necessidade de intervenções mais invasivas, como a restrição física.
A importância da prevenção e gerenciamento de crises
A prevenção e o gerenciamento de crises no autismo envolvem a identificação e compreensão dos desencadeadores específicos para cada indivíduo.
Observar mudança no comportamento do seu filho, uma alteração no ambiente que ele já está acostumado ou qualquer outra situação de estresse pode ser útil para prever e evitar situações que possam desencadear uma crise.
É fundamental lembrar da importância de manter uma rotina estruturada e previsível, oferecer suportes visuais e garantir períodos regulares de descanso e relaxamento.
Durante uma crise, é crucial que pais e profissionais mantenham a calma, reduzam a estimulação sensorial e criem um ambiente tranquilo e seguro, proporcionando acolhimento e suporte.
Vale destacar que cada pessoa com autismo é única, portanto, as estratégias de prevenção e manejo podem variar.
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