Pessoas com transtorno do espectro autista podem apresentar dificuldade na comunicação social, interação social e ações pessoais, mas afinal, o que é mesmo o autismo?
O que é autismo envolve vários níveis, tipos, diagnósticos e particularidades, por isso, possui o nome científico de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Por isso, no artigo de hoje, vamos te ajudar a entender melhor o que é TEA, o diagnóstico, quais as características (sintomas de autismo) possíveis causas e tratamento. Vamos lá?
O que é autismo?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido também como autismo, é uma condição de saúde que reúne desordens no desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade na comunicação social e comportamental.
Portanto, o que é autismo, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), combina 4 diagnósticos em 1 só:
- Transtorno Autista;
- Síndrome de Asperger;
- Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Não Especificado;
- Transtorno Desintegrativo da Infância.
Além disso, o TEA possui diferentes tipos de suporte (de acordo com os níveis de autismo), sendo:
- Autismo Nível 1 (autismo leve) – dificuldade baixa, que pode não atrapalhar as habilidades sociais;
- Nível 2 – dificuldade mediana, com menor grau de independência;
- Nível 3 – dificuldade mais severa, necessitando apoio e tratamento especializado durante toda vida.
Diagnóstico para TEA
Primeiramente, os sinais do autismo podem aparecer logo nos primeiros meses de vida do bebê da seguinte forma:
- falta de contato visual com a mãe;
- apatia;
- inquietação;
- choro sem causa aparentemente e sem parar;
- surdez aparente – não olhar quando chamado e não corresponder a estímulos;
- movimentos como pêndulo com o tronco, cabeça e mãos.
Vale ressaltar que, por serem ações que podem ser características dos bebês nos primeiros momentos de vida por outros fatores, o diagnóstico do autismo costuma ocorrer de fato entre 1 e 2 anos, podendo ser antes disso de acordo com sinais mais sérios e intensos, ou após essa idade se forem mais sutis.
Portanto, o diagnóstico do autismo é feito com base em múltiplas fontes de informação, mas principalmente na observação clínica direta do paciente, incluindo entrevistas com o cuidador e, quando possível, autorrelato.
Quais as características do autismo?
Por afetar o comportamento do indivíduo, as características do autismo envolvem a alteração de comportamento, dificuldade de interagir socialmente e se comunicar.
Ou seja, crianças com TEA podem ter dificuldade em expressar emoções, além de manias e ações repetitivas, apego a rotina, dificuldade de imaginar e alterações sensoriais.
Dessa forma, podemos listar as características do TEA mais marcantes em crianças e jovens nos seguintes sintomas de autismo:
- Não conseguir manter contato visual por muito tempo (ex: 2 segundos);
- Se isolar ou não demonstrar interesse em ficar com outras crianças;
- Não responder quando chamamos pelo nome;
- Alinhar objetos com frequência – além de girar eles também;
- Ter crises ao sair da rotina;
- Fazer movimentos repetitivos, principalmente com a mão, perna e cabeça;
- Não usar a fala ou gestos para mostrar ou demonstrar algo;
- Repetir palavras e frases fora de contexto, conhecido também como ecolalia;
- Não demonstrar interesse ou não olhar quando mostramos/apontamos para algo;
- Demonstrar muito interesse por um único assunto de cada vez, conhecido como hiperfoco;
- Dificuldade em imitar ações;
- Não compartilhar interesse – dificuldade em brincar junto, por exemplo;
- Hiper-reatividade sensorial ou hipersensibilidade, como incômodo a sons e luzes, por exemplo.
Quais as possíveis causas do autismo?
De acordo com pesquisas científicas sobre as causas do autismo, a hereditariedade explica apenas metade dos casos onde existe o risco da criança nascer com TEA.
Com isso, estudos apontam que as possíveis causas do autismo envolvem também fatores que impactam o feto durante a gestação, como estresse, infecções – como a rubéola, substâncias tóxicas, complicações gestacionais, desequilíbrios hormonais, dentre outros.
O que fazer se seu filho tem TEA
Se existe a suspeita que seu filho tem autismo, é importante procurar ajuda médica imediatamente, pois quanto antes começar o tratamento, melhor será a qualidade de vida e desenvolvimento dele.
A seguir, separamos algumas coisas que você pode fazer para ajudar seu filho a lidar com o TEA. Confira!
Compreender o TEA
Para ajudar seu filho a lidar com o autismo, é importante compreender a condição e sintomas que envolvem o Espectro Autista.
Fale com o médico ou especialista em TEA para obter informações sobre o assunto e sobre como isso afeta o desenvolvimento de seu filho.
Além disso, procure recursos educacionais, como livros e grupos de apoio para obter mais informações e suportes.
Busque ajuda profissional
Um profissional especializado, como um médico ou terapeuta, é essencial para ajudar seu filho a lidar com o TEA, além de ter a avaliação, diagnóstico e tratamento adequados.
A terapia comportamental pode ajudar a melhorar as habilidades sociais e de comunicação de seu filho, por exemplo, enquanto a terapia ocupacional pode ajudar a melhorar as habilidades motoras finas, além de integração sensorial e as atividades diárias.
O profissional adequado pode prescrever medicamentos e atividades para ajudar a gerenciar os sintomas de autismo.
Crie um ambiente de apoio
É importante que seu filho sinta-se amado e apoiado. Crie um ambiente de apoio em casa, incentivando a expressão de seus sentimentos e ajudando-o a se comunicar.
Também considere juntar-se a grupos de apoio para pais de crianças com TEA, onde você pode compartilhar suas preocupações e obter suporte de outras pessoas que passam pelas mesmas coisas.
Estabeleça rotinas e estrutura
Crianças com TEA geralmente não gostam de mudanças inesperadas.
Por isso, é importante estabelecer rotinas e estruturas para ajudar seu filho a se sentir seguro e confiante.
Isso pode incluir uma rotina diária de atividades e uma estrutura clara para as tarefas diárias, como as refeições e o tempo para brincar.
Seja paciente e amoroso
Criar uma criança com autismo pode ser desafiador, mas também é muito gratificante, lembre-se de ser paciente e demonstrar amor, carinho e acolhimento.
Qual o tratamento para autismo?
O tratamento para autismo inclui terapia comportamental e intervenções educacionais especializadas.
Além disso, a medicação também pode ser usada para tratar condições associadas, como hiperatividade, ansiedade, agressividade e problemas de sono, por exemplo.
O tratamento correto depende das necessidades individuais de cada pessoa com autismo, por isso, é importante trabalhar com uma equipe de profissionais de saúde qualificados e multidisciplinar, que pode envolver:
- Psicólogo;
- Psiquiatra;
- Pediatra;
- Nutricionista;
- Fonoaudiólogo;
- Fisioterapeuta;
- Neuropsicólogo;
- Dentre outros.
De modo geral, não existe um único tratamento, por isso é importante lembrar que a conduta e ações vão depender do nível de autismo e idade da pessoa.
E agora que você já sabe o que é autismo, acesse o nosso Guia Sobre TEA e entenda mais do diagnóstico ao tratamento do autismo!
Atualizado em 16 de Janeiro 2023