O autismo não tem aparência, forma física ou sinais na pele. Não é possível detectá-lo em um raio-x, exame de sangue ou tomografia computadorizada, pois são apenas exames complementares.
Portanto, os primeiros passos para o diagnóstico de autismo e identificação das características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em um indivíduo são feitos através da observação.
Ou seja, somente por meio da análise comportamental é possível suspeitar de sua condição e dar início ao diagnóstico de autismo de maneira adequada.
As crianças, por exemplo, podem apresentar sintomas de autismo desde os primeiros meses de vida ou ter desenvolvimento dentro dos padrões normais até os dois anos e depois uma regressão.
Por isso, no post de hoje, vamos apresentar as características do autismo, como funciona o diagnóstico e como iniciar o tratamento. Continue a leitura para saber mais!
Características do autismo
O TEA tem como principais características a dificuldade de comunicação e interação social, que às vezes parece uma surdez seletiva. Além de fazer movimentos corporais repetitivos e demonstrar bastante apego a um determinado objeto.
A intensidade dos sintomas de autismo varia de acordo com a classificação do autismo, que pode ser leve (nível 1), moderado (nível 2) ou grave (nível 3).
De modo geral, as características do autismo podem ser notadas logo nos primeiros meses de vida e acompanhar o indivíduo pela infância, adolescência e vida adulta, sendo divididas em dois principais aspectos:
- Comunicação e interação;
- Interesses e comportamentos repetitivos (ou restritos).
Comunicação e interação
- Não mantém contato visual por muito tempo;
- Não responde quando é chamado pelo próprio nome;
- Dificuldade em expressões faciais e sentimentais;
- Faz poucos gestos mesmo aos 12 meses de idade;
- Não aponta ou mostra os objetos mesmo aos 18 meses de idade;
- Mesmo aos 3 anos de idade, possui dificuldade em brincar com outras crianças e até interagir através de contato visual e na fala;
- Atraso na aprendizagem da linguagem e interação social.
Interesses e comportamentos repetitivos (ou restritos)
- Repete as mesmas frases ou palavras várias vezes;
- Foca apenas em partes específicas de um objeto, por exemplo, a rodinha de um carrinho;
- Fica facilmente chateado com mudanças pequenas, seja de rotina ou ambiente;
- Manifesta interesse de maneira obsessiva e exagerada em assuntos ou coisas que gosta;
- Se sente melhor – e precisa – de rotinas específicas, como horário para se alimentar, dentre outras ações que envolvem tarefas do dia a dia;
- Possui sensibilidade a alguns cheiros, sons, gostos ou texturas e reage de forma irritada a eles.
Como fazer o diagnóstico de autismo de forma adequada
O pediatra generalista, por ser o primeiro médico da vida da criança, pode levantar a suspeita do TEA, mas somente um especialista em atraso de desenvolvimento é capaz de chegar ao diagnóstico de autismo corretamente.
Para isso, ele irá fazer uma série de avaliações para verificar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança, além de utilizar as escalas de triagem.
Também contribuem para o diagnóstico de autismo a entrevista com os pais, principalmente para saber se há histórico familiar de TEA, e relatório de avaliação dos professores, caso a criança esteja na idade escolar.
Mas independente do diagnóstico ou do grau, é preciso entender que as crianças com autismo precisam de atenção e carinho, como qualquer outra. Elas apenas possuem um jeito único e diferente de ver o mundo.
Diagnóstico de autismo em crianças
De modo geral, não existem fatores biológicos específicos e determinantes em exames clínicos que façam o diagnóstico de autismo em crianças (até mesmo em adultos e adolescentes).
Como dito acima, para crianças, além da análise do histórico de desenvolvimento natural de cada faixa etária e de comportamentos, as entrevistas com os pais, professores e cuidadores são fundamentais para o diagnóstico de autismo correto e precoce.
Por ser um transtorno complexo, é necessária uma equipe profissional especializada para fornecer o diagnóstico de autismo em crianças, como por exemplo, psicólogos, neurologistas, terapeutas ocupacionais e pediatras.
Além da análise comportamental, alguns exames podem ser solicitados para completar a avaliação da saúde da criança, como:
- Exames de sangue e audição;
- EEG – Eletroencefalograma;
- Ressonância magnética;
- Teste do pezinho;
- Dentre outros.
Esses exames e testes são feitos para descartar outras doenças e investigar os transtornos associados aos sintomas de autismo.
Como iniciar o tratamento para autismo
A melhor forma de iniciar o tratamento para autismo é buscar ajuda profissional adequada e especializada, e entender que não existe um modelo padrão de cuidados.
Isso porque, cada indivíduo necessita de um acompanhamento voltado para o seu diagnóstico de autismo e sintomas, com uma equipe de profissionais de diversas áreas:
- Psicólogos;
- Terapeutas ocupacionais;
- Fonoaudiólogos.
Além disso, o tratamento para autismo pode envolver várias ações e etapas, por exemplo, alguns casos precisam de medicamentos, terapia ocupacional, atividade física adaptada, entre outros.
Vale lembrar que, quanto antes procurar ajuda profissional para realizar o diagnóstico de autismo, maiores as chances de minimizar os sintomas de TEA e proporcionar uma qualidade de vida melhor para o indivíduo.
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