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Terapia Infantil

Confira uma entrevista com Dr. Mateus Silva, Psicólogo do Espaço Arima

Dr. Mateus Silva é psicólogo formado pela Universidade Federal do Pará e pós-graduando em intervenção ABA aplicado ao autismo e deficiência intelectual. Seu primeiro contato com o público infantil iniciou na graduação, onde trabalhou com o desenvolvimento da leitura e escrita de crianças da educação infantil.

Em 2021, iniciou como estagiário do Arima trabalhando com crianças neurodivergentes com treino de habilidades sociais e estimulação precoce. Atualmente, trabalha como psicólogo clínico no espaço terapêutico Arima nos programas de intervenções comportamentais integradas e intensivas (PICII).

Confira a seguir ume entrevista com o profissional!

Arima: Quais foram os desafios que você enfrentou no mercado de trabalho?

Dr. Mateus: Lidar com situações de comunicação como compreensão de nuances sociais. Outro fator é a sensação de sobrecarga sensorial, que é um desafio cotidiano para quem é neurodivergente, que apesar de conseguir me adaptar às situações, requer esforço constante.

Arima: O que te levou a estudar e exercer esta profissão?

Dr. Mateus: Sempre senti uma necessidade de me adaptar aos ambientes e contextos diários e com isso também cresceu uma curiosidade sobre compreender os comportamentos das pessoas.
Essa busca por autoconhecimento, talvez tenha sido o pontapé inicial para estudar sobre a área de psicologia.

Quando passei a conhecer mais sobre a neurodiversidade, acabei me interessando ainda mais por esse assunto pelo fato de ser uma pessoa autista. Foi também quando iniciei minha carreira na área de crianças com desenvolvimento atípico e desde então venho dedicando como foco da minha atuação profissional enquanto psicólogo.

Arima: O que você sugere para as empresas contratarem pessoas com autismo?

Dr. Mateus: Acredito na importância de oferecer oportunidades para pessoas autistas como forma inclusiva e diversificada, destacando os benefícios que esses profissionais podem agregar com habilidades únicas, criatividade e perspectivas diversas. Além disso, fornecer incentivos, como subsídios para adaptações no local de trabalho, apoio de organizações especializadas e programas de treinamento para funcionários, pode ajudar a mostrar o valor agregado que essas contratações trazem para a empresa.

Arima: Como está sendo sua trajetória no Espaço Arima?

Dr. Mateus: Minha trajetória no Arima sempre foi de muita dedicação e suporte. Desde quando era estagiário, o Arima sempre me ofereceu oportunidades de desenvolvimento profissional. Me senti preparado quando me formei e assumi o cargo de coordenador clínico.

A experiência prática e supervisionada me trouxe muita confiança no manejo clínico. A equipe de profissionais da empresa sempre foi composta por pessoas acolhedoras e competentes.

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TEA Terapia Infantil

Quais são as habilidades desenvolvidas com práticas da terapia ocupacional?

A terapia ocupacional é uma área da saúde que visa melhorar a qualidade de vida e promover a autonomia das pessoas em realizar atividades cotidianas significativas, por meio de intervenções personalizadas, voltadas ao desenvolvimento e aprimoramento de habilidades essenciais para o bem-estar físico, mental e emocional destes indivíduos. 

Sendo assim, essa área de atuação é fundamental para o desenvolvimento de uma ampla gama de habilidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais que são cruciais para a qualidade de vida e a independência dos indivíduos.

O que pode trazer inúmeros benefícios, principalmente, para jovens e crianças neuro divergentes, ou seja, que se enquadram no espectro autista, possuem síndrome de Down, TDAH ou outros transtornos semelhantes.

Qual a importância da terapia ocupacional?

Os terapeutas ocupacionais podem atuar em diversas áreas, incluindo a geriatria, gerontologia, reabilitação física, em escolas, instituições educacionais e centros de inclusão para apoiar crianças e jovens com necessidades especiais ou com a prevenção de lesões no ambiente de trabalho.

Além destas, destaca-se o tratamento e desenvolvimento de pessoas neuro divergentes, principalmente jovens e crianças.

Neste âmbito, a terapia ocupacional pode ser significativa e abrangente, oferecendo uma variedade de benefícios que contribuem para a busca por autonomia e desenvolvimento.

O que é nítido, tratando-se do trabalho relacionado com as habilidades motoras, sociais, emocionais, cognitivas e de autocuidado, possibilitando que os indivíduos adquiram mais liberdade e independência para cuidarem de si e realizar atividades do cotidiano que antes representavam desafios.

Dessa forma, uma das consequências da terapia ocupacional, é a melhoria da qualidade de vida, tanto dos jovens neuro divergentes, quanto de seus cuidadores, que poderão lidar com suas limitações e desafios, transformando-os em adultos funcionais.

Esta área também estimula a inclusão social, por meio de atividades e intervenções focadas em habilidades sociais e de comunicação, o que contribui para a integração desses indivíduos em ambientes sociais, possibilitando a criação de relacionamentos ou a participação em atividades em grupo.

Além disso, ao promover estratégias para lidar com os desafios proporcionados pela neuro divergência, incluindo os sensoriais, emocionais e comportamentais, a terapia ocupacional contribui para a redução do estresse e ansiedade enfrentados por eles, aumentando sua qualidade de vida e bem-estar.

Quais habilidades são desenvolvidas por meio da terapia ocupacional?

Os terapeutas ocupacionais trabalham para desenvolver a autonomia dos pacientes em realizar atividades básicas como se vestir, tomar banho, alimentar-se, usar o banheiro e cuidar da higiene pessoal, promovendo o autocuidado.

Bem como, no aprimoramento das habilidades motoras finas, ou seja, a coordenação dos movimentos das mãos e dos dedos para tarefas como escrever, desenhar, recortar, usar utensílios de cozinha, abotoar e amarrar os sapatos.

Ademais, também desenvolve as habilidades motoras grossas, o que abrange a coordenação e o equilíbrio para realizar movimentos amplos como andar, correr, pular, subir escadas, além de atividades esportivas e recreativas, melhorando a coordenação, destreza e força muscular.

As habilidades desenvolvidas na terapia ocupacional também trabalham no desenvolvimento e na manutenção de habilidades cognitivas como memória, atenção, raciocínio lógico, resolução de problemas e tomada de decisões.

Muitas crianças e jovens neuro divergentes possuem sensibilidades sensoriais únicas, que podem ser desenvolvidas na terapia ocupacional, melhorando as habilidades para lidar com estímulos sensoriais, incluindo os barulhos altos, texturas incomuns ou luzes brilhantes, que costumam incomodá-los.

Outra habilidade trabalhada é a auto regulação, que envolve a capacidade de regular as emoções, comportamentos e reações em diferentes situações, desenvolvendo habilidades de autocontrole, adaptação e resolução de conflitos.

Neste contexto, é nítido como a terapia ocupacional traz benefícios aos pacientes, que se tornam adultos funcionais e independentes, visando a inclusão e o engajamento na sociedade, sem deixar que um diagnóstico os defina.

A Terapia Ocupacional faz parte do PICII, nosso Programa de Intervenções Comportamentais Integradas e Intensivas, que oferece uma abordagem em tempo real, realmente integrada e intensiva para atender às necessidades do paciente com TEA. 

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Cursos TEA

Autismo e a importância de uma rede de apoio: quem cuida de quem cuida?

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa se percebe e interage com o mundo ao seu redor, o que pode fazê-los necessitar de cuidados específicos.

Ao enfrentar desafios únicos em sua jornada, é crucial reconhecer a importância de uma rede de apoio sólida para eles e para aqueles que cuidam deles, afinal, a negligência com os cuidadores pode impactar negativamente em sua saúde e na qualidade deste cuidado.

Frisa-se que o autismo é um espectro, portanto, os indivíduos dentro dele terão comportamentos, desafios e características distintas, que também exigirão cuidados específicos e particulares, não sendo possível generalizá-los.

Essas características podem variar significativamente de uma pessoa para outra, mas geralmente envolvem dificuldades na comunicação, interações sociais atípicas, padrões repetitivos de comportamento e interesses restritos.

Para muitos indivíduos autistas, a vida diária pode ser desafiadora devido a dificuldades em lidar com mudanças, sensibilidades sensoriais e a necessidade de rotinas consistentes. 

Esses desafios tornam essencial a presença de uma rede de apoio que possa oferecer suporte emocional, educacional e prático, além de evitar que um único cuidador esteja sobrecarregado.

Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos cuidadores de autistas?


Os cuidadores de autistas enfrentam uma série de desafios significativos que podem impactar profundamente suas vidas diárias e bem-estar emocional, apesar de muitas vezes serem negligenciados e também precisarem de ajuda e atenção.

Uma das principais dificuldades está relacionada ao nível de demanda e dedicação necessários para cuidar de uma pessoa com autismo. 

O que inclui lidar com comportamentos desafiadores, gerenciar rotinas complexas e adaptar-se às necessidades específicas do autista, que podem variar amplamente de um indivíduo para outro.

Além disso, muitos cuidadores enfrentam dificuldades financeiras devido aos custos associados ao tratamento e terapias para o autismo, bem como às limitações de acesso a serviços adequados em algumas regiões, gerando estresse financeiro e preocupações com o futuro.

O isolamento social também é uma preocupação comum entre os cuidadores de autistas, afinal, a necessidade de dedicar grande parte do tempo aos cuidados e ter menos disponibilidade para atividades sociais pode levar a sentimentos de solidão e desconexão.

Outra dificuldade significativa é a falta de compreensão e apoio da sociedade em geral, fazendo com que muitos cuidadores enfrentem o estigma, julgamento e falta de empatia por parte de outras pessoas que não entendem as complexidades do autismo e os desafios associados ao cuidado.

Além disso, o esgotamento físico e emocional é uma realidade para muitos cuidadores de autistas, com a constante pressão, a falta de pausas e a necessidade de estar sempre vigilante, que podem levar a problemas de saúde, exaustão crônica e dificuldades para equilibrar a vida pessoal com as responsabilidades de cuidado.

O que fazer para cuidar de quem cuida?

Em primeiro lugar, é importante promover o autocuidado, o que pode ser apenas reservar tempo para atividades relaxantes e revigorantes, como exercícios físicos, hobbies e momentos de descanso. 

Cuidar da saúde física e mental é fundamental para lidar com o estresse e prevenir o esgotamento, além de deixá-los mais dispostos a cumprir com suas responsabilidades.

Oferecer suporte emocional é outra medida essencial, onde os cuidadores podem se beneficiar ao compartilhar suas preocupações, desafios e conquistas com amigos, familiares ou grupos de apoio, afinal, ter um espaço seguro para expressar emoções e receber apoio é extremamente valioso.

Facilitar o descanso também é uma forma de cuidar de quem cuida, por meio de pausas regulares para descanso e recuperação, pode evitar o cansaço excessivo e promover um equilíbrio saudável entre as responsabilidades de cuidado e a vida pessoal.

Por fim, é crucial promover a conscientização e o apoio da sociedade em geral, reduzindo o estigma em relação ao autismo e aos cuidadores, garantindo políticas e programas que ofereçam suporte adequado e incentivo a uma cultura de empatia e compreensão.Conheça como um profissional especializado pode ajudar, no nosso site.

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TEA

Autismo e a juventude: Quais os desafios?

A fase da adolescência é um momento de inúmeras descobertas e mudanças na vida do ser humano. Mas quando o assunto é autismo e a juventude, esse processo pode manifestar desafios únicos e complexos. 

Autismo e a juventude: Quais os desafios?

Por conta disso, entender todas essas questões e saber como resolvê-las é essencial para incentivar o desenvolvimento e o bem-estar na vida desses jovens.

Abordaremos, a seguir, tudo que você precisa saber sobre os desafios do autismo na juventude e como lidar com eles!

Os desafios relacionados ao autismo e a juventude

De modo geral, o autismo corresponde a um transtorno neurológico que influencia na comunicação, interação social e comportamento da pessoa.

Assim, na fase da adolescência, ao mesmo tempo em que os hormônios começam a se aflorar e as expectativas sociais divergir, jovens autistas tendem a sentir uma pressão além do comum.

Para eles, tais alterações internas podem ser ainda mais desafiadoras, pelo fato de terem certas complexidades de comunicação e interação social.

Por conta disso, na maioria dos casos, esses adolescentes sofrem por ansiedade e dificuldade em se adaptar a situações inéditas, o que costuma levar ao isolamento social.

Vale ressaltar, também, que um fator importante da adolescência é a criação de identidade e a procura por um certo tipo de independência.

Se tratando do autismo e a juventude, isso pode englobar novos desafios, como desenvolver aptidões de autogestão e assimilar as normas sociais não explícitas.

Sendo assim, a ajuda apropriada no decorrer dessa fase, pode ser de grande importância tanto na qualidade de vida quanto no desenvolvimento do jovem em meio a sociedade.

Mudanças corporais 

Agora, ainda que se possua complexidades sociais, os adolescentes nesta fase sofrem ainda mais para entender as alterações no seu próprio corpo. Assim sendo, é relevante ajudá-lo, antecipando e explicando em todo o processo.

Além desses desafios, outras ações podem surgir com mais frequência no dia a dia do adolescente autista, veja:

  • Complexidade em ser compreendido;
  • Dificuldades em aprendizagem;
  • Dificuldades em assimilar e compreender convívios sociais de forma direta e simples;
  • Na maioria dos casos possuem resistência em estabelecer novas amizades e ter relações amorosas;
  • Atitudes mais infantis;
  • Possuem uma predisposição ainda maior para o desenvolvimento de ansiedade e depressão.

Escassez de vagas nos centros terapêuticos

Ainda que se discuta sobre intervenções importantes para autistas quando crianças, o processo de transição para a adolescência geralmente deixa esse público e seus familiares com uma falta de serviços específicos.

Com isso, um dos maiores desafios nessa situação é a escassez de vagas nas unidades terapêuticas especializadas quando se trata de autismo e a adolescência.

Ressaltando que existe uma elevação na conscientização pelos serviços, mas, ao mesmo tempo não existe a oferta de oportunidades.

Em suma, os adolescentes com o espectro autista, junto com a família, lidam com dificuldades de utilizar as ferramentas necessárias para combater os desafios encontrados nesta fase.

Conclusão

A participação de uma equipe multidisciplinar funciona como mecanismo indispensável para que o autismo na juventude seja vivenciado de maneira mais tranquila.

Isso é essencial para promover o contínuo desenvolvimento do jovem com TEA, como é o caso da autonomia e da autoestima.

O Espaço Arima oferece tratamento totalmente direcionado para trazer mais segurança e bem-estar para jovens com TEA, o que é ainda mais necessário nesta fase tão complexa. Conheça nossos serviços!

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TEA

Meu filho tem hiperfoco, o que fazer?

O hiperfoco no autismo é um dos sintomas mais presentes, marcado pela condição de concentração intensa durante uma atividade. Neste momento, qualquer outra tarefa ou estímulo se torna irrelevante.

Essa característica traz certos desafios para as famílias, motivo pelo qual muitos pais buscam maneiras de lidar com o hiperfoco de filhos com TEA.

Por isso, preparamos este conteúdo para lhe ajudar neste processo tão difícil. Acompanhe-nos até o final para conferir!

Hiperfoco no autismo: quais os desafios?

Sem dúvidas, o maior desafio do hiperfoco no autismo é a dificuldade de chamar a atenção do autista para outros afazeres, enquanto ele está em um tipo de fascinação sobre um determinado tema.

Inclusive, muitas famílias e cuidadores não compreendem esse traço, interpretando como se estivessem sendo ignorados, o que não acontece.

Além disso, um outro desafio do hiperfoco é que, enquanto estão neste fascínio, pessoas com TEA têm dificuldade de aprender outros assuntos, já que tendem a não se importar com temas irrelevantes ao que estão fazendo.

Ademais, o hiperfoco faz os autistas gastarem muito tempo em uma só atividade, o que pode gerar outros problemas como privação de sono, perda de responsabilidades, alimentação desequilibrada e obstáculos no convívio social.

Então, quais as melhores formas de lidar?

Logo abaixo, separamos as 4 melhores formas de lidar com o hiperfoco no autismo com respeito e firmeza:

1 – Incentive o hiperfoco do seu filho de forma positiva

O hiperfoco no autismo nem sempre é algo negativo, uma vez que é possível usá-lo de forma estratégica, com o intuito de estimular o aprendizado do seu filho.

Por exemplo, se seu filho demonstra interesse por desenho, ofereça materiais artísticos e espaço para explorar sua criatividade. Isso nutrirá suas habilidades e proporcionará uma saída para que ele se expresse e se comunique.

Ao investir em tarefas alinhadas com seus interesses, é possível promover um ambiente que valoriza suas habilidades únicas, aumentando a autoestima e permitindo o desenvolvimento de talentos.

2 – Adapte o ambiente para o aprendizado

Para adaptar o ambiente, você pode criar espaços calmos e livres de distrações, fornecer materiais relacionados aos seus interesses específicos e estabelecer rotinas claras.

Além disso, oferecer suporte visual, como agendas ou quadros de tarefas, pode ajudar a manter o foco e a organização.

Bem como, permitir flexibilidade no modo como o aprendizado é realizado e oferecer incentivos ou recompensas pelo engajamento também são estratégias eficazes.

3 – Utilize recursos de sinalizações externas

Para chamar a atenção do seu filho quando necessário, é válido explorar recursos adaptativos. Alarmes de celular, por exemplo, podem ajudar a lembrá-lo de compromissos ou transições de atividades.

Essas estratégias oferecem estímulos sensoriais que podem atrair a sua atenção de maneira não intrusiva. Além disso, envolver atividades sociais e interesses pessoais pode aumentar a motivação e o engajamento.

4 – Mantenha o equilíbrio

Embora o hiperfoco no autismo possa ser positivo, é fundamental manter o equilíbrio. Enquanto se concentra em áreas de interesse intenso, é necessário reservar tempo para outras atividades e interações sociais.

Diversificar experiências promove habilidades adaptativas, amplia horizontes e ajuda a evitar a exaustão mental.

Sendo assim, incentive pausas e alterne entre diferentes atividades para um desenvolvimento integral.

Conclusão

O hiperfoco no autismo não é de todo ruim, sendo uma característica que pode trazer resultados valiosos, se utilizada da maneira correta.

Neste processo, é importante contar com uma equipe multiprofissional, com o intuito de exercer as estratégias certas para estimular o hiperfoco positivo do seu filho.

O Espaço Arima tem tudo que seu filho precisa para aprender a lidar com essa característica de forma proveitosa. Entre em contato com nossa equipe para mais informações!

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TEA Terapia Infantil

7 benefícios do PICII para crianças e jovens com autismo e suas famílias

Os benefícios do PICII trazem muitos efeitos positivos tanto para as crianças e jovens autistas como para as suas famílias. Isso porque, ele oferece uma maior autonomia, independência e socialização no TEA.

Veja a seguir o que é o PICII e quais benefícios eles trazem para o progresso do desenvolvimento no autismo!

O que é o PICII?

O PICII (Programa de Intervenção Comportamental Integral/intensiva) é o verdadeiro conceito de tratamento multidisciplinar criado aqui no Espaço Arima, depois de todas as experiências e aprendizados que conquistamos desde 2012.

Ele surgiu devido a uma necessidade de trazer uma abordagem diferente, em tempo real e que, de fato, fosse intensiva para crianças e jovens autistas em graus moderados e severos.

Por essa razão, o PICII é destinado para crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos que apresentam atraso no desenvolvimento significativo.

Dessa forma, o programa permite que eles desenvolvam mais independência, autonomia, evolução na linguagem, autoestima, entre outros. O que traz também benefícios para as suas famílias.

Os 7 maiores benefícios do PICII no TEA

Confira a seguir os 7 maiores benefícios do PICII para crianças e jovens autistas e suas famílias:

1 – Redução do stress das terapias

Sabemos que as terapias podem gerar alguns desconfortos para o autista e os seus familiares. Por isso, o PICII conta com uma série de atividades, as quais são direcionadas de forma estratégica e individualizada a fim de reduzir o stress.

2 – Estimulação em ambiente lúdico, rico em estímulos naturais

Todas as atividades do PICII são realizadas em um ambiente espaçoso, com muitos estímulos naturais com plantas, animais e árvores. Assim, é possível melhorar o processo de aprendizagem, em um ambiente extremamente lúdico.

3 – Incentivo à linguagem, empatia e socialização

Em todos os momentos, o PICII realiza o devido incentivo à linguagem, empatia e socialização. Dessa forma, é possível melhorar o convívio social do autista nos mais variados ambientes.

4 – Maior desenvolvimento da autoestima e afeto por pessoas ou animais

Por ter contato frequente com animais e pessoas, o programa permite que o autista tenha mais afeto e autoestima. O que auxilia também no aumento da sua independência e autonomia.

5 – Fomento à independência para as atividades de vida diária

Entendemos que os autistas em graus moderados e severos tendem a ter maiores dificuldades em realizar tarefas diárias, devido ao atraso no desenvolvimento.

Por isso, o PICII é um dos maiores aliados para melhorar essas questões. Uma vez que ele estimula o desenvolvimento da independência, trazendo benefícios também para os seus familiares.

6 – Senso de pertencimento, fraternidade e companheirismo

O programa aumenta o senso de pertencimento, fraternidade e companheirismo, o que faz com que o autista melhore ainda mais o convívio social.

7 – Mais dignidade à vida pessoal dos familiares

Por último, mas não menos importante, o PICII permite que os familiares tenham mais tempo para outras atividades, melhorando a sua dignidade e a rotina diária.Quer saber mais detalhes sobre o PICII? Fale com a nossa equipe agora mesmo! Estamos prontos para tirar todas as suas dúvidas!

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Estimulação Global TEA

Estímulo da linguagem no autismo: Como fazer?

O estímulo da linguagem no autismo é uma das tarefas mais importantes para desenvolver as habilidades de comunicação do autista.

Em síntese, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) é um transtorno que gera dificuldades de fala, seja ela verbal ou não verbal.

Todavia, isso não significa que a pessoa com autismo não consegue falar, mas sim que demonstra dificuldades de se comunicar, seja através da fala, de gestos, de olhares, de empatia e de demais recursos de comunicação.

Por isso, é muito importante que os pais e responsáveis de crianças autistas façam o estímulo da linguagem para que elas desenvolvam habilidades de comunicação, dentro das suas possibilidades.

Como fazer o estímulo da linguagem no autismo?

Antes de mais nada, é importante compreender que cada pessoa autista é única e diferente. Uma vez que existem níveis de autismo, o transtorno pode apresentar características diferentes a depender da pessoa.

Dessa maneira, algumas estratégias podem funcionar muito bem para alguns autistas, mas não para outros.

Por isso, é crucial buscar o auxílio de uma equipe transdisciplinar, para que o estímulo da linguagem no autismo seja feito de forma individualizada e direcionada.

Veja a seguir algumas maneiras de estimular a linguagem no autismo e desenvolver as habilidades de comunicação de pessoas com TEA:

Estimule contato visual e gestos

Sabemos que a comunicação não acontece apenas através da fala. Uma vez que também nos comunicamos de forma não verbal, seja por meio de gestos ou contato visual.

Por conta disso, é crucial estimular formas de comunicação não verbais nas crianças autistas.

Assim, os pais e responsáveis podem ensinar, por exemplo, a bater palmas, balançar a cabeça quando quiser falar sim ou não, apontar para objetos, abrir as mãos, entre outras maneiras.

Faça imitações

Uma outra forma muito eficaz de estímulo da linguagem no autismo é a partir da imitação, ou seja, ensinando a criança a repetir palavras e ações. Com isso, é possível criar situações ou utilizar brinquedos para chamar a sua atenção.

Deixe a criança se expressar

Para falar e se comunicar sem medo de errar, a criança precisa se sentir livre e segura. Por isso, deixar ela se expressar, sem corrigir os erros de maneira brusca, é fundamental para o processo de estímulo da linguagem.

Sendo assim, evite completar as frases ditas, e, caso ela não responda corretamente ou não responda, não force! Fale que está tudo bem, e tente novamente em um outro momento.

Use a tecnologia ao seu favor

No geral, os autistas costumam gostar bastante de tecnologia. E o legal é que, hoje, há diversos suportes visuais e softwares que podem ser utilizados para estimular a fala, como, por exemplo, imagens que produzem palavras e pedem para o usuário repetir.

Utilize linguagem simples

Evite utilizar palavras difíceis ou rebuscadas! Lembre-se que a criança precisa, primeiramente, compreender as palavras, e elas precisam ser o mais simples possível. 

Elogie sempre

Por fim, sempre elogie e parabenize a criança todas as vezes em que ela cumprir alguma atividade ou fizer algo positivo. Isso é importante para manter o seu envolvimento e motivação durante o processo.

Referências

SILVA, E. A. M. TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) E A LINGUAGEM: A IMPORTÂNCIA DE DESENVOLVER A COMUNICAÇÃO. Revista Psicologia & Saberes, v. 9, n. 18, p. 174-188, 2020.

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TEA

Como desenvolver a confiança e autoestima da criança com TEA?

Sabemos que crianças autistas demonstram habilidades únicas, mas saber como desenvolver a confiança e autoestima da criança com TEA costuma ser um grande desafio para muitos pais.

Na maioria das vezes, os pais tendem a focar somente nas dificuldades que as crianças possuem para se relacionar e se comunicar com os outros.

Mas, é importante salientar que elas têm habilidades e talentos especiais, que precisam ser incentivados e valorizados.

Com isso, é possível desenvolver a confiança, autoestima e independência da criança desde cedo, permitindo que ela seja mais autônoma na vida adulta.

Como desenvolver a confiança e autoestima da criança com TEA: O primeiro passo

Antes de mais nada, o primeiro passo para desenvolver a confiança e autoestima da criança com TEA é reconhecendo as suas habilidades únicas.

No geral, algumas crianças autistas costumam ter uma memória excelente e boa atenção aos detalhes. Assim, elas conseguem lembrar de dados específicos por muito mais tempo do que crianças neurotípicas, por exemplo.

Enquanto isso, outras crianças com TEA costumam ter habilidades visuais surpreendentes, conseguindo perceber diferenças entre imagens e padrões rapidamente.

Sendo assim, deve-se incentivar as crianças autistas a se sentirem valorizadas e confiantes com as suas habilidades únicas. Essa também é uma maneira de desenvolver as suas competências para áreas específicas, tornando-as mais independentes na vida adulta.

Por exemplo, se uma criança tem grandes habilidades de memorização e boa atenção aos detalhes, é possível incentivá-la por meio de atividades que envolvam o uso da memória e do raciocínio lógico, como um quebra-cabeça, por exemplo.

Além disso, é importante criar um ambiente acolhedor e positivo para que a criança se sinta atendida e confiante para expressar as suas habilidades. Neste caso, o afeto com pessoas e animais podem contribuir para este objetivo.

Estratégias para desenvolver a confiança e autoestima da criança com TEA

Veja a seguir algumas estratégias que podem ser utilizadas no processo de desenvolver a confiança e autoestima da criança com TEA:

Valorize a tentativa e o esforço

É crucial valorizar cada tentativa e esforço da criança, mesmo que o resultado esperado não seja alcançado. Isso é importante para manter a sua motivação e dedicação no processo, além de fortalecer a autoestima e confiança em suas próprias habilidades.

Incentive a tomada de decisão

Dê a oportunidade da criança tomar decisões sobre assuntos rotineiros, como qual brinquedo deseja brincar e qual roupa deseja vestir. Isso vai ajudar a promover a sua autonomia e independência.

Estimule o trabalho em equipe

O trabalho em equipe é de extrema importância para incentivar o convívio social da criança com TEA. Neste caso, é válido incluí-la nas tarefas em família ou com amigos, a partir de jogos colaborativos.

Promova a resolução de problemas

Ao ter um problema, os pais podem ajudar a criança a pensar em soluções. Com isso, é possível estimular a sua criatividade e habilidade de raciocínio.

Dê espaço para a criança se expressar

Por fim, ofereça um ambiente seguro, respeitoso e acolhedor para a criança se expressar e falar sobre os seus sentimentos, pensamentos e ideais, sem se sentir julgada.

Referências

GOES E OLIVEIRA, Carla de Fátima. A INCLUSÃO E INCENTIVO DA AUTONOMIA E AUTOESTIMA EM ESTUDANTES COM TEA. Revista Primeira Evolução, São Paulo, Brasil, v. 1, n. 31, p. 13–18, 2022.

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Estimulação Global TEA

TEA e os transtornos de aprendizagem: Como lidar?

O TEA e os transtornos de aprendizagem são duas condições que costumam estar juntas em pessoas autistas, onde elas apresentam um padrão restrito de comportamentos e interesses.

Na maioria dos casos, os pacientes com autismo demonstram dificuldade de interação social e comunicação. O que torna o processo de aprendizagem mais complexo, especialmente nas escolas.

De acordo com o DSM-5, cerca de 70% dos autistas possuem uma comorbidade além do TEA, e 40% possuem duas ou mais.

Entre as maiores dificuldades de aprendizagem no TEA, destaca-se a interpretação de textos. Mesmo sem nenhuma comorbidade, muitos autistas apresentam dificuldade para compreender textos.

Como lidar com o TEA e os transtornos de aprendizagem?

É preciso um trabalho em conjunto entre os pais e a escola para ajudar no processo de aprendizagem de crianças autistas.

Neste caso, a escola deve desenvolver um programa pedagógico que faça adaptações especializadas para atender às características individuais e necessidades específicas da criança.

Além disso, a lei exige que haja um profissional dentro da escola para apoiar o aluno com TEA em todas as modalidades e níveis de ensino.

Como os pais podem ajudar?

É importante destacar que apoiar o autista no processo de aprendizagem não é um dever apenas das escolas. Uma vez que os pais também têm um papel relevante neste caminho, devendo participar das atividades, apoiar e estimular as crianças.

Além disso, é válido incluir tarefas em casa, como contar histórias, contagem de objetos, quebra-cabeças, massinha de modelar e dominó, para desenvolver as habilidades da criança, fortalecendo ainda mais o seu processo de aprendizagem.

Equipe transdisciplinar e o seu papel no TEA

A equipe transdisciplinar desempenha um papel de extrema importância para auxiliar no processo de aprendizagem de crianças com TEA.

Isso porque, a partir de terapias rotineiras, é possível oferecer um maior suporte ao autista, permitindo que ele rompa as barreiras do aprendizado com mais facilidade.

Vale ressaltar que cada criança autista é capaz de aprender, cada uma da sua maneira e com as suas habilidades. Mas, para isso, é preciso oferecer um suporte acolhedor, empático e individualizado.

Assim, é possível desenvolver a autonomia e independência no TEA, além de melhorar a inclusão e o convívio social.

Estratégias para lidar com o TEA e os transtornos de aprendizagem na escola

Trabalhar com crianças autistas na sala de aula pode ser um desafio, mas, com o apoio necessário, é possível ter resultados muito satisfatórios.

Para isso, algumas estratégias que as escolas podem utilizar para lidar com o TEA e os transtornos de aprendizagem são:

Determinar uma rotina

Crianças autistas costumam ficar ansiosas em lugares confusos, por isso, é válido determinar uma rotina estável e previsível. Neste caso, a escola pode criar um cronograma visual que facilite o entendimento dos próximos passos.

Integrar os interesses da criança

Utilizar os interesses da criança para abrir portas para o aprendizado é uma ótima opção. Por exemplo, se ela gosta de cachorros, pode-se utilizar imagens e palavras relacionadas a eles em tarefas de ortografias e desafios matemáticos.

Recompensar cada esforço

As recompensas podem ser simples, como elogios, adesivos, brinquedos, entre outros. Com isso, é possível manter a motivação da criança para o aprendizado.

Referências

GROSSI, M. G. R.; GROSSI, V. G. R.; GROSSI, B. H. R. O processo de ensino e aprendizagem dos alunos com TEA nas escolas regulares: uma revisão de teses e dissertações. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 12-40, jan./jun. 2020.

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Estimulação Global TEA

Como aumentar a autonomia e independência da criança com TEA?

Saber como aumentar a autonomia e independência da criança com TEA é um dos maiores desafios para pais que têm filhos autistas.

Em contrapartida, estimular a autonomia no autismo é fundamental para que as crianças desenvolvam habilidades de realizar tarefas diárias, e, assim, se tornarem independentes na vida adulta.

Sabemos que essa não é uma tarefa fácil, mas existem algumas estratégias que visam promover o aumento da autonomia da criança com TEA. Continue lendo até o final para conhecê-las!

Como promover o aumento da autonomia e independência da criança com TEA?

Antes de mais nada, é importante ressaltar que há níveis de TEA, onde alguns são mais leves e outros mais severos.

Quanto mais severo for o nível de autismo na criança, maior deve ser a persistência, dedicação e paciência dos familiares. Sendo também crucial que haja a intervenção integrada e intensiva em todos os processos.

Dessa forma, é possível reduzir os déficits comportamentais e estimular a autonomia e independência da criança com TEA de forma adequada.

No mais, vale ressaltar que as crianças autistas devem ser incentivadas desde cedo, dentro das suas possibilidades, assim como todas as outras crianças.

Com isso, é válido incluí-la em atividades que utilizam ferramentas para fortalecer a sua comunicação, convívio social, bem-estar, autocuidado e noções de segurança, por exemplo.

Estratégias para aumentar a autonomia e independência da criança com TEA

Confira a seguir as melhores estratégias para aumentar a autonomia e independência da criança com TEA:

Incentive a participação em atividades domésticas

Uma das principais formas de aumentar a autonomia, independência e responsabilidade no autismo é estimulando as crianças a participarem de atividades domésticas desde cedo.

Por isso, inclua a criança em tarefas, como: arrumar a cama, guardar as roupas limpas, varrer o chão, recolher o lixo, organizar coisas fora do lugar e limpar móveis.

Caso a criança tenha dificuldade em completar uma atividade inteira, você pode dividir a tarefa em etapas menores, sempre oferecendo as instruções necessárias.

Estimule o autocuidado

Desenvolver as habilidades de autocuidado, como escovar os dentes, tomar banho, pentear os cabelos, cortar as unhas e usar desodorante, é de extrema importância para aumentar a autonomia e independência do autista.

Por isso, inclua essas tarefas na programação diária para que a criança comece a entender que elas fazem parte de sua rotina.

Fortaleça a comunicação

Se a criança com TEA tiver dificuldades com a fala, o ideal é fortalecer a comunicação a partir de ferramentas que permitam que ela expresse os seus sentimentos, preferências e desejos.

Ensine a criança a pedir pausas

Ensinar a criança autista a pedir pausas é crucial para que ela saiba reconhecer quando se sente sobrecarregada. Isso permite que ela tenha um maior controle sobre si e sobre o ambiente externo.

Busque intervenção integrada e intensiva

Por fim, a participação de uma equipe transdisciplinar é de extrema importância para aumentar a autonomia e independência da criança com TEA, reduzindo os déficits comportamentais.

Em conjunto com a família, a equipe promove os estímulos adequados à criança, permitindo que ela desenvolva melhor as suas habilidades para a vida adulta.

Referências

SILVA, F. E. et al. Análise sobre a construção da autonomia do indivíduo portador de TEA através da série Atypical. Revista de Pesquisa e Prática em Psicologia, v. 1 n. 3, p. 718-739, 2021.

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